Vários riscos associados a descobertas oculares em crianças com Zika
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Crianças presumidamente com o vírus Zika, com diâmetros encefálicos menores ao nascer e cujas mães relataram sintomas do vírus no primeiro trimestre da gravidez têm maior probabilidade de terem anormalidades fundoscópicas, de acordo com um estudo.
Pesquisadores testaram o fluido cerebrospinal de 24 de 40 crianças com microcefalia em busca do vírus Zika (ZIKV) em um estudo transversal realizado no Brasil; todas as 24 tiveram resultados positivos para infecção por ZIKV. Quatorze das 22 crianças com descobertas oftálmicas e 10 das 18 crianças sem descobertas oftálmicas tiveram resultados positivos para o vírus.
Dez mães de crianças com descobertas oculares relataram ter sintomas de ZIKV tais como erupção cutânea, febre, dor de cabeça e artralgia durante o primeiro trimestre da gravidez.
Além disso, 37 olhos de 22 crianças tinham alterações fundoscópicas.
“Ao subdividir todas as crianças com base na presença ou ausência de alterações no fundo, ambos os grupos foram comparados às variáveis demográficas e de histórico de gravidez; o pequeno perímetro encefálico ao nascer foi a única variável correlacionada significativamente às descobertas oftálmicas”, afirmam os autores do estudo.
Estima-se que mais de 1 milhão de brasileiros tiveram infecção por ZIKV desde abril de 2015, de acordo com um comunicado de imprensa do JAMA, refletindo a capacidade do vírus para causar surtos em larga escala. Foi observado um aumento no número de recém-nascidos com microcefalia para 3.174 casos em janeiro de 2016, conforme o Ministério da Saúde do Brasil, após o surto de ZIKV no país. – por Robert Linnehan
- referência:
- Ventura CV, et al. JAMA Ophthalmol. 2016;doi:10.1001/jamaophthalmol.2016.1784.
Divulgação de informações: Os autores afirmam não ter interesses financeiros relevantes a serem divulgados.