Sirolimus intravítreo mostra bons resultados no tratamento da uveíte não infecciosa
O sirolimus intravítreo proporciona resolução em longo prazo da inflamação do segmento posterior em pacientes com uveíte infecciosa ativa, de acordo com os resultados de 1 ano do estudo SAKURA.
“A [uveíte não infecciosa] do segmento posterior na maioria dos casos é uma condição crônica, exigindo o tratamento em longo prazo para evitar o dano estrutural acumulado e a perda de visão”, afirma o Dr. Phuc Hoang, PhD.
Corticosteroides e a terapia imunomodulatória, as opções atuais de tratamento em longo prazo, são apenas parcialmente eficazes e estão associados com graves efeitos adversos.
“Precisamos de algo com um perfil mais seguro que possa ser administrado localmente pelo oftalmologista sozinho, sem o auxílio de um clínico ou de um especialista em uveíte”, afirmou ele.
O sirolimus é um novo agente imunorregulatório que interrompe a proliferação de células T impulsionadas pela IL-2 e por outras citocinas pró-inflamatórias. Administrado de forma intravítrea, [o sirolimus] tem mínima penetração sistêmica.
No estudo randomizado e controlado SAKURA com 347 pacientes, o sirolimus 440 µg se mostrou eficaz na redução da opacidade do vítreo e na melhoria e manutenção da visão no acompanhamento. Nenhuma taxa ou tipo de efeitos adversos significativamente diferentes foram relatados em comparação com os controles; não ocorreu mudança de PIO em nenhum dos olhos.
“Inicialmente, havia muita infecção devido à descontinuação dos esteroides tópicos e sistêmicos ou das [terapias imunomodulatórias] antes da entrada no estudo”, declarou Hoang.
O perfil de risco-benefício do sirolimus intravítreo suporta seu uso potencial como terapia em longo prazo sem corticosteroides para a uveíte não infecciosa do segmento posterior, segundo Hoang. Uma vantagem adicional é que [a terapia] pode ser administrada por qualquer oftalmologista com experiência em injeções intravítreas, mesmo se o médico não for especialista em uveíte, disse ele.
Divulgação de informações: Hoang informa que é consultor para a Allergan, a Novartis e a Santen e que recebe apoio financeiro da Alimera Sciences, da Allergan, da Novartis e da Théa.