Nova técnica facilita a preparação e a inserção de enxerto para DMEK
Uma nova técnica para preparação segura do doador e injeção do rolo de enxerto no endotélio torna a ceratoplastia endotelial da membrana de Descemet mais fácil e mais reproduzível, de acordo com um cirurgião.
“A preparação do enxerto de Descemet nem sempre é fácil devido ao risco de rasgos que iniciam a partir da periferia extrema. Desdobrar o enxerto é com frequência desafiador; é difícil certificar-se de que não esteja invertido, especialmente quando a córnea está enevoada”, afirmou o Dr. Marc Muraine.
Sua técnica de “DMEK invertida” implica na colocação do endotélio do botão da córnea para cima em uma câmara artificial, colori-lo com azul de tripan para marcar e periferia e depois remover o anel periférico, deixando duas articulações triangulares em qualquer dos lados.
“É então executada a delaminação e a hidrodissecção da membrana de Descemet, iniciando abaixo das duas articulações. Uma vez que o enxerto de Descemet seja obtido, as duas articulações são cortadas, o enxerto é dobrado em forma de ‘panqueca’ com o endotélio para dentro, marcado no lado externo e inserido em um cartucho de LIO. É injetada solução salina balanceada para facilitar o desdobramento e, uma vez que o enxerto esteja centralizado, é inflada a bolha de ar”, afirmou Muraine.
Muraine utilizou com sucesso a técnica de DMEK invertida em um estudo que incluía 50 olhos.
“Essa técnica está facilitando e tornando mais seguro um procedimento desafiador”, disse ele.
Divulgação de informações: Murain informa não ter interesses financeiros relevantes a serem divulgados.