Leve em consideração a córnea posterior ao corrigir astigmatismo
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Compreender o papel da superfície da córnea posterior e obter as medidas corretas na correção do astigmatismo durante a cirurgia de catarata pode afetar a satisfação geral do paciente, de acordo com um apresentador na Hawaiian Eye 2015.
O Dr. John A. Hovanesian, FACS, editor da seção sobre cirurgia de catarata da OSN, recomendou o aprendizado de técnicas variadas para tornar-se um melhor cirurgião de catarata.
“Saber realmente como corrigir o astigmatismo (e existem muitas formas de fazer isso, com LIOs tóricas, laser femtosegundo e a antiga ceratotomia astigmática) é algo que todos deveriam saber”, afirmou ele.
Pesquisa de pacientes
Uma recente pesquisa interna sobre a satisfação de 200 pacientes do consultório de Hovanesian mostrou que 80% deles estavam “extremamente satisfeitos” quando o astigmatismo residual era de 0,5 D ou menos. A satisfação dos pacientes diminuiu para 56% na presença de mais de 0,5 D de astigmatismo residual.
Com a utilização da ceratotomia astigmática e as incisões relaxantes no limbo (IRL), Hovanesian afirmou que em seu consultório 51% dos pacientes obtêm 0,25 D ou menos de cilindro residual, ao mesmo tempo em que 70% obtêm menos de 0,5 D.
“Eu encorajo você a aprender essa técnica se deseja torna-se um cirurgião de catarata melhor, já que mesmo com a IRLs incisionais, esses são os resultados”, disse ele. “Depende muito da obtenção das medidas corretas”.
Córnea central
Para obter sucesso na correção do astigmatismo, o primeiro passo é compreender o astigmatismo e o astigmatismo da córnea induzidos no paciente pela cirurgia, declarou Hovanesian. Segundo ele, o astigmatismo é mais bem medido nos 2 a 3 mm centrais da córnea.
A profundidade da lâmina também afeta a quantidade de astigmatismo sendo corrigida; é importante que a lâmina esteja perpendicular à superfície da córnea.
Astigmatismo da córnea posterior
De acordo com o estudo de referência de Douglas Koch, aproximadamente 90% dos olhos possuem astigmatismo oculto da córnea posterior que age funcionalmente como um cilindro contra a regra (ATR), adicionando cerca de 0,5 D na inclinação de 180°. Desta forma, os 0,5 D adicionais podem ser adicionados ao astigmatismo topográfico pré-existente durante o planejamento, afirmou Hovanesian.
Além disso, a maioria dos pacientes tem uma mudança em seu astigmatismo com o tempo, na direção de um astigmatismo ATR, o qual, separadamente, chega a cerca de 0,4 D, acontecendo tipicamente após cerca de 10 anos, tenham os pacientes sido submetidos à cirurgia ou não.
“Se estivermos tratando pela regra (WTR), tenderemos a corrigir com excesso de cerca de 0,5 D”, afirmou. “Ao passo que, se estivermos tratando ATR, tenderemos a corrigir cerca de 0,5 a menos já que há cerca de meio dióptero que não estamos medindo”.
Ao tratar o astigmatismo WTR, Hovanesian recomendou corrigir cerca de 0,5 D a 0,7 D a menos do que apenas a topografia indicaria. Ao tratar o astigmatismo ATR, aumente a correção em aproximadamente 0,5 D, acrescentando mais do que a quantidade medida de astigmatismo indicaria, disse ele.
“Você pode fazer IRLs. Você pode fazer a [correção do astigmatismo] com laser... pode fazer com uma incisão e, claro, pode utilizar LIOs tóricas para isso. Use as ferramentas que tiver disponíveis para dar aos pacientes o resultado mais satisfatório, mas também considere o resultado da córnea posterior”, disse Hovanesian. – por Kristie L. Kahl
- Para obter mais informações:
- O Dr. John A. Hovanesian, FACS, pode ser encontrado no Harvard Eye Associates, 24401 Calle De La Louisa, Suite 300, Laguna Hills, CA 92653, EUA; e-mail: drhovanesian@harvardeye.com.
Divulgação de informações: Hovanesian informa não ter interesses financeiros relevantes a serem divulgados.