Estudo ROTATE mostra ganho em letras de pacientes com EMD que trocam os agentes anti-VEGF
Os resultados aos 6 meses do estudo clínico ROTATE patrocinado pela Genentech mostraram benefícios na troca para o ranibizumabe 0,3 mg para os pacientes com edema macular diabético após o tratamento recente, frequente e em longo prazo com bevacizumabe.
“A troca do Avastin para o Lucentis no EMD e em outras doenças maculares é um cenário clínico comum. Entretanto, estudos com avaliações prospectivas dos pacientes de EMD com troca normalmente não são robustos e geralmente têm períodos de lavagem de anti-VEGF importantes”, afirmou o Dr. Dennis Marcus.
O estudo ROTATE eliminou o período de lavagem, exigindo pelo menos duas injeções de bevacizumabe (Avastin, Genentech) em até 2 meses da inscrição e seis injeções em até 9 meses. Um total de 30 pacientes foi dividido em dois grupos: o primeiro determinado a receber tratamento mensal com ranibizumabe (Lucentis, Genentech) por 12 meses e o segundo, para receber tratamento mensal por 6 meses seguido de dosagem conforme o necessário.
“Os resultados aos 6 meses mostraram uma resposta robusta após o ranibizumabe 0,3 mg com ganho médio de seis letras e afinamento de 95 µm [na espessura do subcampo central] em relação à referência basal — uma melhoria bem significativa após a troca”, afirmou Marcus.
Foi alcançado um ganho de 10 ou mais letras em 31% dos pacientes e 89% deles alcançaram um afinamento superior a 10% na espessura do subcampo central, observada na TCO.
As questões de se essa eficácia adicional é específica do ranibizumabe ou é secundária à taquifilaxia e se a regressão à média está envolvida ou não precisam ser esclarecidas por estudos maiores, disse Marcus.
Entretanto, o estudo ROTATE indica que a troca de bevacizumabe para ranibizumabe deve ser considerada para melhorar os resultados, afirmou ele. – por Michela Cimberle
Divulgação de informações: Marcus informa que é consultor para a Genentech e a Regeneron.