March 01, 2015
3 min read
Save

Cirurgiões buscam aumentar o conforto do paciente sem sacrificar a eficácia na interligação

Uma esponja de LASIK de Chayet pode ajudar a manter os medicamentos do procedimento e a riboflavina centralizados na córnea e a reduzir a dor e o desconforto.

A interligação corneana de colágeno é um excelente procedimento para interromper o progresso do keratocono. Ainda estão em andamento estudos investigativos para determinar qual técnica (com ou sem a remoção do epitélio) é a melhor e qual dará melhores resultados. Têm sido publicados relatos de casos relacionados à cicatrização, infecção e classificações de dor no pós-cirúrgico. Nenhum avaliou se a dor está mais relacionada à conjuntiva ou à córnea e nenhum relato publicado avaliou um método para reduzir mais a dor na técnica menos traumática, sem a remoção do epitélio.

Pequena série de casos

Esponja LASIK de Chayet com a riboflavina absorvida na superfície ocular.

Imágens: Ehrenhaus M.

Nossa pequena série de casos foi projetada para avaliar a redução da dor na interligação sem a remoção do epitélio. Apesar de o seu design para ser um procedimento mais confortável e com menos risco de opacidade e cicatrizes reduzir significativamente o risco de infecções e de resultados similares no tratamento da ectasia corneana, o procedimento ainda é relatado pelos pacientes como muito desconfortável. Aparentemente, como o epitélio não sofria abrasão, era provável que o desconforto proviesse da conjuntiva como resultado de uma conjuntivite induzida quimicamente.

O procedimento foi executado em nove olhos com a utilização de uma esponja LASIK de Chayet com anel de 10 mm para evitar que a riboflavina e os outros medicamentos proprietários necessários ao procedimento se dispersassem sobre toda a conjuntiva bulbar, causando toxidade e a dor resultante (Figura 1). O único caso com dificuldade moderada em relação à esponja foi o primeiro, um caso bilateral em uma paciente jovem com alto grau de exotropia.

Qualquer solução que se difundisse além da esponja ou se dispersasse por baixo da mesma, se o paciente se movesse durante o procedimento (o que não é um evento incomum) era lavada com solução salina balanceada para manter a conjuntiva tão limpa quanto possível da toxicidade medicamentosa (Figura 2).

Conjuntiva demonstrando uma área muito reduzida de exposição ao medicamento.

O procedimento de interligação sem a remoção do epitélio foi executado de acordo com o protocolo de Avedro para todos os casos e, quando concluído, todos os pacientes receberam colírio combinado de antibiótico-esteroide para aplicar quatro vezes ao dia, além de colírio lubrificante Celluvisc (Allergan) para uso a cada 30 minutos. Isso tinha sido adotado anteriormente como nosso padrão após o procedimento sem a remoção do epitélio, já que os pacientes reclamavam muito de uma sensação “arenosa” e de “coceira” nas 12 horas imediatamente após a cirurgia.

Resultados

Todos os pacientes nessa série de casos foram contatados após a cirurgia naquela tarde e no dia seguinte; todos reportaram classificações de dor de 0, exceto pelo caso inicial de exotropia bilateral.

Para concluir, descobrimos que a esponja LASIK de Chayet não apenas auxilia a manter os medicamentos do procedimento e a riboflavina centralizados na córnea, mas também reduz significativamente a dor e o desconforto na interligação sem remoção do epitélio e pode auxiliar também na cirurgia com remoção do epitélio, reduzindo o fator de toxicidade da conjuntiva.

Divulgação de informações: Ehrenhaus e Guzman relatam não ter interesses financeiros relevantes a serem divulgados.