November 01, 2015
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Atualização do estudo FLACS da ESCRS: femto apresenta mais complicações pós-operatórias do que a faco

O estudo atualizado da Sociedade Europeia de Cirurgiões de Catarata e Refrativos sobre a cirurgia de catarata auxiliada por laser de femtosegundo [FLACS] descobriu que a “femto não supera a faco”, de acordo com o Dr. Peter Barry que apresentou os resultados deste ano.

Embora o estudo FLACS da ESCRS tenha descoberto que o procedimento de femtosegundo produza resultados significativamente melhores em termos do astigmatismo pós-cirúrgico e induzido pela cirurgia, as complicações pós-cirúrgicas superam aquelas da cirurgia de faco, levando a um percentual significativamente mais alto de pacientes com acuidade visual pior do que antes da cirurgia, afirmou Barry.

Foram coletados no total 2.814 casos prospectivos de FLACS desde dezembro de 2013 a partir de 16 centros em 10 países da Europa. Os controles foram selecionados retrospectivamente do Registro Europeu de Resultados de Qualidade para Cirurgia de Catarata e Refrativa (EUREQUO) segundo critérios rigorosos de correspondência.

“As complicações perioperatórias foram mais frequentes com a femto, mas não quando você exclui as complicações específicas dela, tal como a incapacidade de ancorar e os diversos problemas capsulares”, disse Barry.

O número total de complicações cirúrgicas no pós-operatório foi significativamente mais alto, com mais casos de edema da córnea, opacificação precoce da cápsula posterior reduzindo a acuidade visual e a uveíte com exigência de tratamento.

Peter Barry

Apesar de o percentual de pacientes com melhoria da visão ser igual nos dois grupos, essas complicações explicam porque “surpreendentes 3,3% dos pacientes no grupo da femto perderam linhas de visão em comparação a 1,3% nos grupo da faco”, segundo Barry.

Em relação ao astigmatismo no pós-cirúrgico, o procedimento de femtosegundo mostrou vantagens. A proporção de pacientes com cilindro de 1,5 D ou mais foi de 18,5% no grupo da faco e de 9% no grupo do laser de femtosegundo.

“Essa melhoria ainda é mantida se você remover os pacientes que receberam LIOs tóricas, cirurgia refrativa femto concorrente e prévia cirurgia refrativa da córnea”, disse Barry.

O astigmatismo induzido cirurgicamente no pós-operatório também foi significativamente menor com o laser de femtosegundo.

Divulgação de informações: Barry informa não ter interesses financeiros relevantes a serem divulgados.