September 01, 2015
3 min read
Save

Asfericidade da córnea afeta os resultados refrativos das fórmulas de LIO

Córneas alongadas foram associadas a resultados miópicos; córneas aplanadas produziram resultados hipermetrópicos.

You've successfully added to your alerts. You will receive an email when new content is published.

Click Here to Manage Email Alerts

We were unable to process your request. Please try again later. If you continue to have this issue please contact customerservice@slackinc.com.

De acordo com um estudo, a asfericidade da superfície anterior da córnea afeta os resultados refrativos após o implante de LIO.

Perspective from Jack T. Holladay, MSEE FACS

Segundo os autores do estudo, a influência da asfericidade da córnea nos resultados refrativos pós-operatórios tem sido largamente negligenciada quando comparada à posição efetiva da lente, à refração e ao comprimento axial.

“A asfericidade da córnea tem recebido pouca ou nenhuma atenção ao calcular a potência da LIO, especialmente se fórmulas teóricas padrão de lentes finas forem utilizadas”, afirmou o Dr. Giacomo Savini, autor do estudo, ao Ocular Surgery News.

Métodos e medidas

O estudo retrospectivo, publicado no Journal of Cataract and Refractive Surgery, incluiu 115 olhos de 115 pacientes submetidos à facoemulsificação e ao implante de uma LIO de câmara posterior AcrySof SA60AT (Alcon) de peça única.

Foram utilizadas as fórmulas Haigis, Hoffer Q, Holladay 1 e SRK/T IOL para calcular a potência da LIO. Foram utilizados um topógrafo corneano com disco de Plácido (Keratron, Optikon), uma câmera rotativa de Scheimpflug (Pentacam, Oculus) e uma câmera rotativa de Scheimpflug combinada com topografia corneana com disco de Plácido (Sirius, CSO) para medir os valores Q da asfericidade anterior da córnea no diâmetro de 8 mm.

Savini e seus colegas utilizaram análise de regressão linear para avaliar o relacionamento entre o erro na previsão de refração e os valores Q.

Giacomo Savini

“Todas as fórmulas foram influenciadas igualmente. Ao invés disso, houve algumas diferenças ao avaliar as medições do valor Q pelos três dispositivos, já que as medições do topógrafo corneano com disco de Plácido mostraram uma correlação ligeiramente mais forte com o resultado refrativo”, afirmou Savini.

Resultados e conclusões

O comprimento axial médio foi de 23,98 mm e a potência média da LIO foi de 20,48 D.

Os valores médios de Q foram de –0,18 para o Keratron, –0,27 para o Pentacam e –0,32 para o Sirius.

Houve uma correlação estatisticamente significativa entre o erro na previsão de refração e os valores Q em todas as fórmulas de cálculo e em todos os dispositivos de medição.

Os erros na previsão de refração corresponderam mais fortemente com os valores Q em olhos medidos com a fórmula Hoffer Q e o Keratron. A associação entre a asfericidade da córnea e o erro na previsão de refração foi mais forte nas fórmulas Hoffer Q e Holladay 1, declarou Savini.

Mais valores Q negativos estavam associados com uma previsão de refração negativa como a miopia, enquanto mais valores Q positivos estavam correlacionados com erros de refração positiva como a hipermetropia.

“Como esperado, as córneas alongadas estavam associadas a resultados miópicos, devido ao fato de que a curvatura da córnea dentro do anel ao longo do qual são tomadas as leituras K é mais inclinada do que no diâmetro de 3 mm. O oposto é verdadeiro para as córneas aplanadas, onde pode ser obtido um resultado hipermetrópico”, afirmou Savini. – por Matt Hasson

Divulgação de informações: Savini informa não ter interesses financeiros relevantes a serem divulgados.