January 01, 2013
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Novo método de medição quantifica o astigmatismo corneano

Um estudo comparou os parâmetros de CorT contra SimK, queratometria manual, frente de onda corneana e coincidência de curvatura paraxial.

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Uma nova medida de astigmatismo corneano, conhecida como CorT avalia mais precisamente o astigmatismo corneano quando comparada ao cilindro refrativo manifesto que outros métodos de medição comumente usados, de acordo com seu desenvolvedor.

Perspective from Rajesh K. Rajpal

Após ficar frustrado com a variabilidade da queratometria simulada (SimK), Noel A. Alpins, FRACO, FRCOphth, FACS, Membro do Conselho de Cirurgia Refrativa da OSN, desenvolveu o parâmetro CorT.

“Esta é a maneira mais eficaz de avaliar o astigmatismo corneano. Por que você não usaria todos os números que obtém da córnea ao invés de apenas um anel [Plácido] como é feito no cálculo de SimK?” Perguntou Alpins em uma entrevista ao Ocular Surgery News na reunião da American Society of Cataract and Refractive Surgery.

Desenvolvimento do CorT

Uma dificuldade comum com o valor SimK é que a medição é tomada em uma pequena região de 3 mm da córnea, consequentemente não criando a representação mais precisa do astigmatismo corneano existente.

“O valor de CorT destina-se a oferecer uma medição consistente do astigmatismo corneano em córneas regulares e irregulares, os quais podem ser implementados na incisão corneana e na cirurgia de laser refrativo para corrigir melhor o astigmatismo”, declararam Alpins e colegas em um estudo.

Para derivar a medição de CorT, Alpins e colegas compararam todos os conjuntos adjacentes de anéis Plácido para localizar o conjunto de anéis com o menor desvio padrão do astigmatismo ocular residual (ORA). O ORA é definido como a diferença vetorial entre o cilindro refletivo (plano corneano) e o astigmatismo corneano e é expresso em diópteros. O valor de CorT foi então derivado combinando o valor do astigmatismo de cada anel Plácido com uma somatória vetorial.

Noel A. Alpins

“O valor de CorT não é nem tão inseguro nem tão variável quanto os valores de SimK”, declarou Alpins.

Quando comparado com quatro parâmetros — frente de onda corneana, queratometria manual, SimK e coincidência de curvatura paraxial — o CorT não apenas possui a menor variabilidade mas também está estatisticamente mais próximo do cilindro refrativo manifesto no plano corneano em todos os casos, disse Alpins, na medida em que ele é o padrão para o astigmatismo total em tratamentos e em diversas avaliações de dispositivos refrativos, tal como a frente de onda ocular.

Esta relação mais próxima ao cilindro refrativo manifesto é mais representativa da córnea inteira do que parâmetros derivados de outros meios, declararam os autores.

Emprego do CorT

A análise retrospectiva examinou 971 olhos de 498 pacientes com idades entre 19 e 64 anos que tinham mais tarde sido submetidos à cirurgia refrativa. O CorT foi comparado com a queratometria manual, o SimK, a frente de onda corneana e a coincidência de curvatura paraxial.

O desvio padrão para o CorT foi significativamente inferior do que para outras medições de astigmatismo (P < ,001).

Usando o ORA, o CorT teve uma melhor correção com o cilindro refrativo manifesto (ORA 0,62 ± 0,33 D) do que a queratometria manual (ORA 0,68 ± 0,38 D), o SimK (ORA 0,70 ± 0,35 D), a frente de onda corneana (ORA 0,74 ± 0,36 D) e a coincidência de curvatura paraxial (ORA 0,85 ± 0,48 D).

De acordo com o estudo, um dos benefícios do CorT é que a magnitude de ORA resultante é inferior àquela produzida por outras medições de astigmatismo.

“Isso pode indicar que as estimativas de ORA são normalmente maiores do que deveria normalmente prevalecer porque estas outras três medições de astigmatismo corneano não representam de forma consistente o astigmatismo corneano que é na verdade percebido em regiões mais amplas da córnea”, disseram Alpins e os colegas.

O CorT pode também oferecer segurança e precisão adicionais para determinar a adequação de um paciente para cirurgia astigmática corneana, já que o método baseia-se em múltiplos pontos da córnea inteira, assim reduzindo o impacto de um único caso isolado, de acordo com o estudo.

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No futuro, a CorT pode ter o potencial de melhorar os resultados dos tratamentos de astigmatismo, declarou Alpins.

“Os pacientes com valores altos de ORA podem ser aconselhados antes da cirurgia de que as expectativas de correção total do seu erro refrativo cilíndrico existente com a cirurgia refrativa podem precisar ser reduzidas a níveis realísticos”, disseram os autores.

“Quando o ORA pode ser significativo, o paradigma de tratamento pode ser seguramente ajustado para combinar o astigmatismo corneano no plano de tratamento refrativo ao executar cirurgia a laser excimer com a técnica de planejamento vetorial”, disseram Alpins e colegas. – por Ashley Biro

Divulgação de informações: Alpins possui interesses financeiros no programa de software ASSORT.