Novas metas objetivas permitem estudos mais bem focados e de menor duração sobre os agentes neuroprotetores
Avanços na tomografia de coerência óptica podem ajudar a estabelecer metas novas e objetivas para os testes clínicos de agentes neuroprotetores como terapias de glaucoma, de acordo com um especialista.
“A tecnologia de OCT de nova geração nos permite visualizar o nervo óptico onde ele entra no globo e a membrana de Bruch termina. Isso significa que temos uma medida objetiva, ao invés da avaliação subjetiva das extremidades do disco óptico”, afirmou a Dra. M. Francesca Cordeiro.
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Os mapas de contorno da OCT também permitem avaliar a espessura da camada de fibra nervosa da retina, onde áreas de afinamento podem ser detectadas como um sinal de lesão glaucomatosa.
“Também temos nossa própria tecnologia para a detecção da apoptose das células da retina, a qual acreditamos realmente destaca a atividade precoce e apanha através da visualização quais células da retina estão morrendo através deste processo”, declarou Cordeiro.
Estes novos meios permitirão a detecção precoce e objetiva das lesões funcionais no glaucoma e ajudarão a estabelecer novas metas para estudos sobre neuroproteção melhor direcionados e mais curtos, de acordo com Cordeiro.
Até agora, apenas dois agentes neuroprotetores chegaram ao estágio de teste clínico. O memantime foi o primeiro, mas o progresso do estudo foi prejudicado por problemas relacionados à grande população heterogênea que foi recrutada. O outro agente, o brimonidine, foi testado em glaucoma de tensão normal.
“As pessoas destacaram diversas desvantagens naquele estudo, mas ele permanece o único teste clínico publicado onde um efeito positivo da neuroproteção na interrupção da progressão do campo visual ocorreu através de um agente atuando por um mecanismo independente da PIO”, declarou Cordeiro.
Divulgação de informações: Cordeiro possui a patente do sistema de imagens DARC e é consultora da Allergan, Alcon e Théa.