A drenagem de fluido pode combater grandes descolamentos coroidais

Ao lidar com grandes descolamentos coroidais, a drenagem do fluido coroidal é uma forma simples e de baixo risco para estabilizar o olho, afirmou um palestrante.

“A drenagem do fluido coroidal reestabelecerá definitivamente a anatomia do olho”, disse a Dra. Marlene R. Moster aos participantes do Glaucoma Day. “Ela preservará a bolha, já que a formação aquosa retornará imediatamente para restaurar a boa visão, tudo isso com o mínimo trauma de uma incisão de 3 mm”.

Um exame com dilatação é a chave para diagnosticar as efusões coroidais, disse ela. Os cirurgiões devem procurar por montes de fluído sob a coroide, usar ultrassom, verificar duas vezes o diagnóstico, excluir a presença de coroidais de lados opostos se tocando (coroidais “beijando”), deslocamento de retina e certificar-se de que não exista hemorragia supracoroidal.

Uma vez que o diagnóstico esteja confirmado, normalmente o paciente deve ser dilatado com atropina, receber uma proteção para usar à noite e ser instruído para de modo algum esfregar o olho, de acordo com Moster.

“Se a situação não for revertida em 2 a 4 semanas e a bolha estiver encolhendo, é o momento de considerar a drenagem das coroidais para reestabelecer a anatomia. Se a anatomia não for restaurada, a trabeculotomia pode falhar”, declarou Moster.

“No que concerne às opções cirúrgicas, se o descolamento coroidal for significativo e a câmara for rasa ou mesmo se a câmara estiver formada e a bolha estiver encolhendo, recomendamos drenar as coroidais”, disse ela.

Se as coroidais estiverem se tocando (beijando) com a potencial tração vítreo-retiniana, o cirurgião deve submeter a um colega especialista em retina. Um especialista em retina também deve ser consultado se houver uma grande hemorragia supracoroidal com rompimento na cavidade do vítreo através da retina; entretanto, se houver uma hemorragia supracoroidal moderada os cirurgiões podem esperar (normalmente 10 dias) até que o sangue seja liquefeito e depois executar a drenagem coroidal, afirmou Moster.

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