A DMEK diminui a taxa de rejeição e reduz o regime com esteroides
MILÃO – A taxa de rejeição significativamente menor da queratoplastia endotelial da membrana de Descemet, comparada com todas as outras técnicas de aloenxerto, aumenta o cuidado e o controle do paciente, permitindo a administração de doses mais baixas de corticosteroides, conforme afirmado por um cirurgião na reunião da European Society of Cataract and Refractive Surgeons.
“Em nossos estudos, encontramos uma diferença significativa no período de 2 anos na taxa de rejeição da DSEK (12%) em comparação à PK (18%), mas uma taxa ainda menor que 1% com a DMEK”, disse o Dr. Francis W. Price Jr.
Pela análise de riscos proporcionais, a taxa de riscos relativos para a rejeição de enxerto imunológico após 2 anos com a DMEK revelou-se ser 15 vezes menor que a queratoplastia endotelial com remoção da membrana de Descemet e 20 vezes menor que a queratoplastia penetrante.
“Isso nos torna cientes dos enormes benefícios que a DMEK oferece em relação a outras técnicas”, informou Price. “Neste momento, devemos considerá-la padrão-ouro se observarmos a prevenção de falhas”.
As técnicas híbridas que deixam uma pequena borda de estroma, como a queratoplastia endotelial automatizada da membrana de Descemet ou DSEK ultrafina, demonstraram estar mais próximas da DMEK do que da DSEK, mas ainda apresentavam uma taxa de rejeição maior de 4% após 2 anos.
Nesses quase 700 casos de DMEK, o Price teve apenas três episódios de rejeição, todos relacionados à descontinuação de esteroides.
A DMEK, disse ele, possivelmente precisará de doses menores de corticosteroides em relação a outras técnicas.
Os lasers femtosegundo são acessíveis para consultórios particulares
O laser femtosegundo pode ser incorporado de maneira acessível como uma ferramenta essencial para ajudar os cirurgiões a atender as demandas do crescente mercado da cirurgia de catarata refrativa, de acordo com um cirurgião entrevistado aqui.
“As projeções da Market Scope previram que a cirurgia de catarata refrativa com laser terá um crescimento significativo de forma constante nos próximos anos, alcançando 1,76 milhões de procedimentos até 2017”, disse o Dr. Richard L. Lindstrom.
Porém, uma ansiedade difundida faz com que muitos oftalmologistas ainda hesitem em investir na tecnologia de femtosegundo. Em uma pesquisa da American Society of Cataract and Refractive Surgery deste ano, 82% dos participantes demonstraram-se preocupados com os custos e a acessibilidade do novo procedimento dentro de suas práticas.
Esses medos, de acordo com Lindstrom, devem ser desprezados.
“A tecnologia de laser para catarata oferece benefícios consideráveis. A geração pós-segunda guerra continuará impulsionando o mercado a fim de obter melhores resultados e estará preparada para pagar por uma qualidade melhor”, afirmou ele.
As escolhas do estilo de vida e os objetivos refrativos do paciente precisam ser discutidos, e os cirurgiões devem oferecer a opção de femtosegundo como parte de um pacote que inclui LIOs premium e todo procedimento refrativo adicional para atingir a independência pós-cirúrgica em relação ao uso de óculos.
Lindstrom também sugeriu estratégias de laser móvel e acesso compartilhado para financiar os custos iniciais do laser femtosegundo.