Um estudo mostra que a triagem de familiares é mais eficaz para a detecção
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S. Fabian Lerner |
Segundo um estudo, o modo mais eficiente de detectar casos de glaucoma primário de ângulo aberto pode ser pela triagem de parentes de primeiro grau com a doença.
“Devido à baixa prevalência na população geral, a triagem [do glaucoma primário de ângulo aberto] pode ter um valor preditivo baixo em um teste positivo”, afirmaram o Dr. S. Fabian Lerner e colegas em uma apresentação de pôster. “A triagem de grupos de alto risco pode produzir melhores resultados. Se um parente de primeiro grau com glaucoma é um fator de risco para o desenvolvimento da doença, uma campanha de detecção voltada para os parentes de pacientes com glaucoma teria mais probabilidades de detecção”.
O estudo avaliou o glaucoma primário de ângulo aberto em 61 parentes de 35 pacientes com glaucoma e 50 indivíduos sob controle com mais de 55 anos. Um exame oftálmico completo foi realizado em cada indivíduo.
Dr. Lerner e colegas descobriram que 26,2% dos familiares de pacientes com glaucoma foram diagnosticados com a doença. Em comparação, 6% dos indivíduos do grupo de controle foram diagnosticados com a doença, uma diferença estatisticamente significativa.
Esclerectomia profunda combinada, a cirurgia de catarata apresenta controle eficiente da PIO
Um estudo evidenciou que a maior parte dos pacientes que recebeu a esclerectomia profunda combinada manteve uma PIO mais baixa em quase 10 anos de acompanhamento com um número mínimo de complicações.
Dr. Enrico Martini e colegas apresentaram a sua série aberta, não controlada e prospectiva em uma apresentação de pôster.
O estudo examinou 140 casos de glaucoma não controlados com PIO maior do que 21 mm Hg e catarata significativa. Os pacientes se submeteram às mesmas técnicas de cirurgia combinada com esclerectomia profunda superior e implante de LIO/facoemulsificação de abordagem temporal. O estudo teve um acompanhamento médio de 76 meses.
“Na nossa série, a esclerectomia profunda combinada e a facoemulsificação com LIO [de câmara posterior] provou ser altamente eficiente para o controle a longo prazo da PIO, com uma redução média de quase 45% em 9 anos e uma redução significativa do uso das medicações para diminuição de PIO (metade dos pacientes sem terapia), taxas de complicação muito baixas e campo visual estável (progressão perimétrica significativa apenas em 5%)”, afirmaram o Dr. Martini e seus colegas.
Eles afirmam que manipulação da bolha com agulha, 5-fluorouracil e goniopuntura por YAG-laser “devem ser considerados tratamentos de rotina no pós-operatório”.
Pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto apresentam variações na pressão de perfusão
Vital P. Costa |
Segundo uma apresentação, os pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto apresentam um comportamento distinto de pressão de perfusão.
“A avaliação por 24 horas da PIO e da pressão de perfusão demonstra uma diferença evidente entre os pacientes com glaucoma e controles saudáveis, especialmente durante a noite. O tratamento atual do glaucoma pode estar incompleto, pois não é possível medir a PIO e a pressão de perfusão durante a noite”, afirmou o Dr. Vital P. Costa.
O Dr. Costa comparou as variações de PIO, pressão sanguínea e pressão de perfusão de 29 pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto e de 24 indivíduos saudáveis por um período de 24 horas. As medições de pressão sanguínea e PIO eram realizadas a cada 2 horas de 8h da manhã às 6h da manhã, sendo as medições de PIO realizadas na posição supina da meia-noite às 6h.
As medições médias de PIO nos pacientes com glaucoma estavam significativamente mais altas nos pacientes saudáveis, em todos os horários. A pressão sanguínea sistólica média estava significativamente mais alta em pacientes com glaucoma das 4h da manhã às 10h da manhã e de 2h da tarde às 6h da tarde. A pressão sanguínea diastólica média foi maior em pacientes das 8h da manhã às 10h da manhã, mas era menor às 4h da manhã.
O Dr. Costa afirmou que os pacientes com glaucoma apresentaram pressões mais altas de perfusão sistólica durante a manhã, de 8h às 10h, porém pressões de perfusão diastólicas menores durante a noite, da meia-noite às 6h da manhã.
Novos membros de sociedades ingressaram na World Glaucoma Association
Tarek Shaarawy |
Várias sociedades relacionadas ao glaucoma de países em todo o mundo ingressaram na World Glaucoma Association, desde a associação do último congresso há 2 anos e participaram no congresso deste ano.
As sociedades de países que se associaram desde 2007 incluem Bangladesh, Costa Rica, Equador, Irã, Quênia, Letônia, Paquistão, Paraguai, Porto Rico, Arábia Saudita, Eslováquia e Zâmbia, segundo o Dr. Tarek Shaarawy.
As sociedades que estão “dialogando” com a associação incluem Algéria, República Dominicana, Guatemala, Honduras, Marrocos, Nicarágua, Omã, Panamá, Sudão, Salvador e Venezuela.Países que desejam formar sociedades de glaucoma são Bolívia, Cuba, Etiópia, Costa do Marfim, Malásia, Mianmar, Mongólia, Nepal, Palestina, Sri Lanka, Tanzânia e Vietnã.
Além disso, atualmente a World Glaucoma Association fornece estatutos modelo de sociedades estabelecidas e, nos últimos 2 anos, revisou os critérios de associação.
A faco-trab é vital em casos de glaucoma primário de ângulo fechado
Catherine Jui-ling Liu |
Segundo os resultados de um estudo relatado nesta publicação, a metade dos casos de glaucoma primário de ângulo fechado em que o paciente recebeu apenas a trabeculectomia necessitou de outra cirurgia em 3 anos, enquanto os casos em que o paciente realizou a trabeculectomia e a cirurgia de catarata não necessitaram de cirurgias adicionais.
A Dra. Catherine Jui-ling Liu falou sobre o estudo retrospectivo em uma palestra no simpósio conjunto das sociedades de glaucoma do Japão e de Taiwan. Ela também citou o uso isolado da facoemulsificação no tratamento de casos de ângulo fechado primários. Ela afirmou que a faco, isoladamente, pode controlar a PIO em alguns pacientes.
Entretanto, a faco combinada com a trabeculectomia ainda é necessária em determinados casos.
“A faco-trab é indicada para olhos com [glaucoma primário de ângulo fechado] avançados que apresentam uma PIO pré-operatória maior do que 35 mm Hg, mesmo sob doses máximas de medicações”, explicou a Dra. Liu.
Ela e seus colegas examinaram 99 olhos com glaucoma primário de ângulo fechado. Destes, 24 olhos receberam a trabeculectomia e 75 se submeteram à cirurgia combinada. Durante o acompanhamento de 3 anos, 13 olhos (54%) do grupo de trabeculectomia necessitaram de faco ou cirurgia adicional (P < 0,001). Nenhum olho no grupo combinado necessitou de cirurgias adicionais. – Escrito por Erin L. Boyle e Kristine Houck
Não sabemos se as indicações para cirurgia e cuidados pós-operatórios eram comparáveis nestes dois grupos, nem se as indicações para cirurgia eram similares. Também não sabemos se os olhos (que se submeteram à extração extracapsular de catarata) se comportaram diferentemente dos que se submeteram à facoemulsificação.
As diferenças de idade (mais velhos no grupo combinado), glaucomas mais graves e menos acompanhamento (grupo de trabeculectomia) podem ter influenciado o resultado. O pequeno número de amostras no grupo da trabeculectomia também pode ter contribuído para os resultados. Não sabemos quais são os critérios para reinício das medicações de redução de PIO após a cirurgia ou os critérios para administração de medicação adicional.
As conclusões de que não havia diferença significativa pedem uma pergunta: em um estudo prospectivo, os autores poderiam obter resultados comparáveis? Além disso, a outra questão importante: se existe diferença entre cirurgia de catarata isolada e cirurgia combinada precisa ser abordada de maneira prospectiva.
– Dr. Alan L. Robin
Membro da OSN Glaucoma
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