Sistema de topografia proporciona obtenção de medidas confiáveis pós-LASIK
Estudo sobre a combinação de escaneamento em fenda e topografia com disco de plácido avaliou a capacidade de repetição e reprodutibilidade das medidas da curvatura corneana, pós-LASIK.
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O Orbscan II mede de forma confiável a curvatura corneana posterior pós-LASIK, independente da espessura do leito estromal remanescente, de acordo com um estudo.
Dr. Miguel J. Maldonado, PhD, e colaboradores publicaram os resultados dos estudos experimentais de validação do Orbscan II (Bausch & Lomb) na edição de Novembro da Ophthalmology.
Neste estudo, os autores objetivam acessar a repetição e a reprodutibilidade das medidas de curvatura corneana posterior feitas pela combinação de escaneamento em fenda e topografia de plácido com o Orbscan II pós- LASIK. Eles conduziram dois estudos, para medir tanto a repetição como a reprodutibilidade: O estudo de repetição com 22 pacientes consecutivos pós-LASIK e 50 pacientes adicionais pós-LASIK para o estudo de reprodutibilidade.
Dr. Maldonado realizou todos os procedimentos LASIK para correção de miopia com o laser Technolas Keracor 217z (Bausch & Lomb).
Ele e seus colaboradores demonstraram que o Orbscan II proporciona medidas confiáveis de dados simétricos de curvatura corneana posterior, com um pequeno erro randomizado para a esfera de melhor ajuste e valores de poder. Eles também demontraram que o aparelho não é confiável para medidas radiais assimétricas.
“O estudo demostrou que certos dados do Orbscan II podem ser usados em pacientes no pós-LASIK, para obter medidas repetidas da curvatura corneana posterior”, Dr. Maldonado e colaboradores disseram. “Nós identificamos um critério que pode ser usado para determinar se houve mudança significativa – a saber, aqueles excedendo a precisão (1,96) estimada”.
Capacidade de repeatição
Na parte do estudo sobre capacidade de repetição, os autores conduziram 10 exames em 22 olhos pós-LASIK no menor tempo possível, seguindo a focalização apropriada da córnea como um todo, de acordo com os pesquisadores.
A espessura do leito estromal médio foi de 351,5 µm. Eles não encontraram associação entre a espessura do leito estromal e o desvio padrão.
Os pesquisadores demonstraram que, para repetição intra sessões, a precisão foi de 0,067 mm (esfera de melhor ajuste); 0, 11 D (poder dentro de 5 mm); 0,158 D (poder dentro de 3 mm) e 0,46 (excentricidade). A capacidade repetição foi alta para esfera de melhor ajuste da curvatura corneana e medidas de poder dentro das zonas de 3 mm e 5 mm, em um coeficiente de variação entre 0,5% e 1,2%. Isto foi julgado como ruim pelos dados de excentricidade, em 31,6%, de acordo com Dr. Maldonado e colaboradores.
Coeficientes de correlação intra classes variaram entre 0,89 e 0,98 para esfera de melhor ajuste da curvatura corneana e poder, e o coeficiente de correlação intra classe foi 0,20 para os valores de excentricidade, revelou o estudo.
Reprodutibilidade
A parte do estudo sobre reprodutibilidade observou os conjuntos de leituras usando os mesmos métodos e uma variação na organização experimental. Dr. Maldonado e colaboradores examinaram a reprodutibilidade inter sessões em 50 olhos, realizando exames com Orbscan II aos 6 e 9 meses de pós-operatório em um período determinado de tempo. Eles realizaram os exames em períodos mais extensos, para reduzir as variações diurnas devido à espessura corneana, afirmaram.
Os exames Orbscan II realizados logo após o LASIK podem ser artificialmente baixos para medidas de paquimentria pelo escaneamento em fenda, porém altos para valores de curvatura corneana posterior, disseram os autores, o que pode ser explicado pela forma que o Orbscan II obtém os dados.
“O instrumento mede opticamente as superfícies anterior e posterior, através de triangulação de 40 imagens em fenda Scheimpflug e reflete difusamente os raios da câmera”, explicaram Dr. Maldonado e colaboradores. “As triangulações dos raios são calculadas usando os índices refracionais fisiológicos verdadeiros do olho. A alteração na transparência óptica da córnea anterior, correspondente ao flap edematoso no período pós-operatório precoce, provoca difusão da luz com resultante aumento no índice refrativo corneano”.
Para a reprodutibilidade inter sessão, em média, não foram econtradas diferenças nas medidas das curvaturas corneanas posteriores, demonstrando que a variabilidade pode ter sido causada por fatores randômicos, disseram os autores. Eles demonstraram que o intervalo de confiança limite de 95% entre as sessões foi clinicamente aceitável para esfera de melhor ajuste (0,25 mm) e poder, com 0,4 D dentro de 5 mm e 0,6 D dentro de 3 mm.
Adicionalmente, os coeficientes de correlação intraclasse indicaram boa confiabilidade inter sessão para esfera de melhor ajuste e poder, com 0,98, 0,96 e 0,85 para esfera de melhor ajuste, poder dentro de 5 mm, e poder dentro de 3 mm, respectivamente; no entanto, a confiabilidade foi ruim para excentricidade, com 0,59. Eles demonstraram também que a reprodutibilidade não está relacionada com a espessura do leito estromal.
Para mais informações:
- Dr. Miguel J. Maldonado, PhD, pode ser encontrado no departamento de oftalmologia; Clinica Universitaria, Av. Pio XII, 36, 31080 Pamplona, Spain; email: mjmaldonad@unav.es.
- Bausch & Lomb, fabricante do Orbscan II, pode ser encontrado a One Bausch & Lomb Place, Rochester, NY 14604-2701; 585-338-6000; fax: 585-338-6007; web site: www.bausch.com.
Referência:
- Maldonado M, Nieto J, Diez-Cuenca M, Pinero D. Repeatability and reproducibility of posterior corneal curvature measurements by combined scanning-slit and placido-disc topography after LASIK. Ophthalmology. 2006; 113(11):1918-1926.
- Erin L. Boyle é redatora da OSN e cobre todos os aspectos da oftalmologia.