June 01, 2007
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PK com femtosegundo em zigzag mostra resultados inicias positivos

O procedimento proporciona cicatrização mais rápida e melhores resultados visuais que métodos tradicionais de transplante de córnea, diz um cirurgião.

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Dr. Roger F. Steinert
Roger F. Steinert

KOLOA (E.U.A.) — Uma incisão em “zigzag” feita com laser de femtosegundo é tecnicamente possível e sua forma é eficaz para realizar ceratoplastia penetrante, de acordo com o cirurgião que foi pioneiro na técnica.

Dr. Roger F. Steinert, apresentou resultados iniciais com PK em zigzag no Sábado das Subespecialidades, parte Congresso Hawaiian Eye 2007. Ele realizou o procedimento em zigzag em 16 olhos com o laser femtosegundo IntraLase FS (IntraLase), com seguimento de até 9 meses.

A incisão em zigzag só pode ser feita com laser de femtosegundo, disse Dr. Steinert. A incisão em zigzag promove um fechamento selante, e a borda angulada oferece uma transição suave entre o enxerto e a córnea hospedeira, disse ele.

No padrão zigzag, um anel lamelar com 0,5 mm de largura é cortado em uma profundidade de 320 µm, e cortes em ângulos de 45° são feitos após a aplanação ser liberada. Uma sutura contínua com 24 pontos de nylon 10-0 é usada para o fechamento.

A maioria dos pacientes iniciais tinham doença macular, e a primeira geração do software não possuia marcas de alinhamento radiais, disse Dr. Steinert. No entanto, o procedimento funcionou muito bem, apesar dessas limitações, disse.

Cicatrização rápida

Resultados topográficos em 8 olhos em 3 meses apresentaram uma ceratometria simulada média (sim-K) de 3,5 D. Em seis desses oito olhos, o sim-K foi menor que a média.

Também em 3 meses, em quarto de cinco olhos avaliados, a melhor acuidade visual corrigida foi de 20/40 a 20/80. Todos esses olhos apresentavam doença retiniana.

Dr. Steinert observou que com o PK convencional, normalmente leva 6 meses para recuperar a função visual e que com endoceratoplatia lamelar leva 3 meses.

“Então estamos fazendo de maneira melhor do que faríamos com trasplante convencional, e você pode ver isso traduzido pela velocidade de recuperação da visão útil, assim como na topografia”, disse Dr. Steinert.

Avaliação pós-operatória com o OCT Visante (Carl Zeiss Meditec) demonstrou alinhamento “perfeito” da sutura e baixa tensão na mesma, observou Dr. Steinert.

“OCT está nos dizendo que biomecanicamente estamos fazendo alguma coisa certa aqui”, disse ele. “Os planos dos tecidos estão se aproximando, no entanto, não precisa ser em excesso, através de suturas apertadas que irão causar distorsão e astigmatismo.”

Aos 3 meses, maior força do sinal na incisão “pode estar correlacionado com a cicatrização da mesma”, ele disse. “Não estamos certos disso, mas se for, nos oferece uma maneira objetiva de saber quando temos cicatrização suficiente para começarmos a remover os pontos”, disse Dr. Steinert. Ele observou que está trabalhando com a Zeiss para confirmar se o sinal mais forte na incisão realmente indica cicatrização.

Incisões em zigzag
Incisões em zigzag promovem um fechamento selante No padrão em zigzag, um anel lamelar de 0,5 mm de largura é cortado a uma profundidade de 320 µm, e cortes em ângulos de 45° são feitos após a aplanação ser liberada.

Aparência pós-operatória
Aparência pós-operatória da sutura. Dr. Steinert sugere inserir o ápice de cada ponto ao longo do padrão em zigzag, no “bolso” correspondente na periferia. O enxerto irá se “prender automaticamente no lugar”.

Imagem: Steinert RF

Cortando e suturando

Dr. Steinert disse que a trepanação do recipiente começa no centro de laser refrativo. O laser começa a cortar pelo lado posterior, 70 µm mais fino que a medida paquimétrica.

“Até então, não tivemos nenhum erro com isso, mas nós sempre observamos”, disse Dr Steinert. Bolhas indicam a entrada na câmara anterior, mas a ausência de bolhas e um “bom círculo” indicam que o cirurgião está no estroma, disse ele.

“A partir desse ponto, você apenas deixa o laser fazer a sua parte”, disse Dr. Steinert.

Na sala de cirurgia, Dr. Steinert disse que procura pelo bordo biselado anterior, gentilmente abre o anel de 360· já cortado e, então, abre a camada mais profunda.

“O que você está tentando fazer é expor o estroma profundo, para então entrar com a lâmina e tesoura”, disse Dr Steinert. “Portanto, é como se você tivesse feito uma trepanação com 90% de profundidade … Não há dificuldade alguma na curva de aprendizado. Então, uma vez feito isso, você remove a córnea central do paciente e traz a do doador”.

Quando é hora de suturar, se o cirurgião inserir o ápice de cada ponto, ao longo do padrão em zigzag, no “bolso” correspondente na periferia, o enxerto irá se “prender automaticamente no lugar”, disse Dr. Steinert. De modo que a configuração em zigzag requer sutura com pouca tensão, observou ele.

“Certamente, incisões de transplante com laser de femtosegundo são tecnicamente viáveis”, disse Dr Steinert. “Estamos convencidos que elas melhoram os resultados. Pessoalmente, eu sinto que a configuração em zigzag, que realmente só é possível com o incisões a laser ... é mecanicamente estável, segura e simples”.

O próximo passo é realizar um estudo prospectivo randomizado comparando transplante de córnea com incisão em zigzag com femtosegundo e transplante de córnea convencional, disse o Dr. Steinert.

Para mais informações:

  • Dr. Roger F. Steinert pode ser encontrado no Eye Institute at the University of California, Irvine, 118 Med Surge I, Irvine, CA 92697-4375; 949-824-8089; fax: 949-824-4015; e-mail: steinert@uci.edu.
  • IntraLase, fabricante do IntraLase FS femtosegundo laser, pode ser encontrado no 9701 Geronimo Road, Irvine, CA 92618; 949-859-5230-2020; fax: 949-461-3323; Web site: www.intralase.com.
  • Matt Hasson é redator da OSN que cobre todos os campos da oftalmologia.
  • David W. Mullin é Editor Executivo das OSN International Editions.