O procedimento de queratoplastia a laser proporciona uma ablação corneana precisa
O rastreamento ocular ajuda a criar um perfil de ablação bem centralizado, proporcionando uma espessura estromal residual uniforme.
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Segundo dois cirurgiões, a queratoplastia assistida por paquimetria oferece um tratamento individualizado, baixos índices de complicação e bons resultados visuais.
A Dra. Maria Clara Arbelaez e o Dr. Cesar Carriazo debateram sobre a queratoplastia a laser assistida por paquimetria (pachymetry-assisted laser keratoplasty, PALK) durante um simpósio patrocinado por Schwind na reunião da American Society of Cataract and Refractive Surgery.
“Ficamos animados em observar como um procedimento lamelar pode ser tão fácil e preciso. Além disso, temos a tecnologia disponível”, afirmou a Dra. Arbelaez durante o simpósio.
A PALK é um procedimento seguro com uma pequena curva de aprendizado, ela afirmou em uma entrevista subsequente, por e-mail, para a Ocular Surgery News. Até a data desta entrevista, ela tinha realizado cinco procedimentos PALK.
“A queratoplastia a laser assistida por paquimetria é um procedimento fácil, seguro e muito preciso para substituição de córneas danificadas”, explicou a Dra. Arbelaez. “Ela é indicada para pacientes com transplantes corneanos cujo endotélio esteja intacto”.
Os principais benefícios do procedimento incluem a ablação precisa e individualizada do tecido corneano, espessura uniforme do leito estromal residual e menor tempo de tratamento. O procedimento sem contato reduz significativamente o trauma aos olhos e envolve a centração com rastreamento ocular, afirmou.
Espessura ideal do leito estromal
Um mapa de paquimetria é gerado com o Galilei Dual Scheimpflug Analyzer (Ziemer) com rastreamento ocular, afirmou a Dra. Arbelaez. Um perfil de ablação é criado, permitindo que a espessura do leito estromal residual fique em 100 µm.
O laser Amaris (Schwind) é utilizado para ablação do leito estromal receptor, o que normalmente demora cerca de 3 minutos. A ablação precisa proporciona uma espessura uniforme do estroma residual para que haja uma correspondência ótima ao botão doador.
A fixação do enxerto é aperfeiçoada pela espessura uniforme estromal, devido às propriedades isostáticas, portanto não haverá rigidez transversal no leito estromal.
“Isto significa que apenas as forças ao longo do eixo principal podem aplicar tensão no leito estromal”, afirmou a Dra. Arbelaez. “Uma membrana se posicionará ao longo das linhas isostáticas. Por este motivo, assim que a ablação for concluída, o leito se posicionará ao longo da linha isostática, eliminando a deformação induzida pelo cone. Os pacientes ganham uma espessura corneana extra e uma anatomia corneana quase normal, com interface doador-receptor regular, induzindo a uma pequena quantidade de astigmatismo”.
Indicações, contraindicações
As indicações para a PALK incluem keratocono sem opacidade central, ectasia pós-LASIK, opacidade corneana ou cicatriz corneana sem lesão endotelial e distrofia corneana anterior (distrofia da membrana basal ou distrofia de Reis-Buckler). O procedimento também é indicado para pacientes com complicações oriundas de ceratotomia radial ou astigmática, degeneração de Salzmann e cicatriz traumática, bacteriana ou viral.
A PALK é contraindicada em gestantes ou lactantes e pacientes com doença colágeno-vascular, doença autoimune ou de imunodeficiência, infecção local grave ou alergia (blefarite, herpes simples prévia ou herpes zoster), opacidade corneana de espessura total e glaucoma não controlado. Este procedimento também é contraindicado em pacientes cuja medição com uma câmera Scheimpflug ou paquímetro ultrassônico não puder ser realizada, explicou a Dra. Arbelaez. – por Matt Hasson
- A Dra. Maria Clara Arbelaez pode ser contatada no Muscat Eye Center, P.O. Box 938, PC 117, Muscat, Oman; 968-2469-1414, ramal 510; fax: 968-2460-1212; e-mail: drmaria@omantel.net.om.