December 01, 2007
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Métodos ‘adicionais’ ajudam no tratamento de ectasia e regressão pós-LASIK

Em uma tentativa de recuperar a perda de visão, anéis intra-corneanos e LIO fácica podem ser implantados separadamente ou em conjunto, conforme cada caso.

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ATENAS – Em pacientes que apresentam ectasia pós-LASIK e regressão avançada, uma significante recuperação visual pode ser alcançada através do implante de LIO fácica, às vezes em conjunto com segmentos de anéis intra-corneanos, de acordo com o cirurgião.

“Uma cirurgia refrativa adicional pode ser útil para estabilizar estes pacientes,” relatou o Dr. Antonio A.P. Marinho no Winter Refractive Surgery Meeting, da European Society of Cataract and Refractive Surgeons.

“Primeiro devemos endireitar a córnea com os segmentos de anéis intra-corneanos, Intacs (Addition Technology) ou Keraring ou de Ferrara, e então, se houver ainda uma miopia residual, implantar uma LIO fácica,” ele disse.

Dr. Marinho, membro do Conselho Editor da Ocular Surgery News Europe/Asia-Pacífic Edition, apresentou um caso de uma mulher de 34 anos que foi submetida ao LASIK em 1996. No pré-operatório sua refração era de -22 D no olho direito e -12 D no olho esquerdo.

“Naquele tempo foi dito que o LASIK era apropriado para miopias entre -1 D e -30 D, e com certeza produzimos muitos candidatos à ectasia iatrogênica e outros problemas”, confirmou

O tratamento refrativo foi realizado com sucesso, e a acuidade visual sem correção (AVs/c) no pós-operatório foi 20/50 no olho direito e 20/25 no olho esquerdo.

Mas em 2001, 5 anos após a cirurgia, a paciente desenvolveu ectasia no olho direito, que progrediu com redução da acuidade visual com corrigida (AVc/c) para 20/200 em 2005. A topografia do olho esquerdo era normal, mas regrediu em -3.5 D esféricos no mesmo período.

“Nosso primeiro tratamento foi implantar Keraring no olho direito. Implantamos apenas um segmento em uma incisão a 135º, no eixo mais curvo”, Dr. Marinho informou.

O procedimento evolui com sucesso, com significativas mudanças nos padrões topográficos. A paciente obteve uma melhora na AVc/c para 20/50, mas a miopia ainda era de -18 D, a mesma que antes do LASIK. Uma lente de Artisan (Ophtec) foi implantada no mesmo olho.

“Os resultados finais foram impressionantes. A AVs/c foi de 20/50, com uma refração residual de um pequeno astigmatismo de -2,50 D a 90º”, Dr. marinho comentou.

No olho esquerdo, uma lente fácica Artiflex (Ophtec) foi implantada. O paciente apresentou refração plana após o implante, com uma AVs/c de 20/25.

A regra para resultados de sucesso

Podemos concluir, ele disse, que o LASIK não é um procedimento para altas miopias. Alguns pacientes estão pagando por erros cometidos no passado e os resultados que foram coletados, com 2, 3 ou até 5 anos, podem ainda estar incorretos.

“A regressão e a ectasia podem desenvolver-se logo após a cirurgia, e deveríamos manter o acompanhamento daqueles que estão em risco devido a alta quantidade de correção que receberam no passado”, ele falou.

Em pacientes que já desenvolveram ectasia ou regressão pós-LASIK, tecnologias adicionais estão provando ser a opção mais adequada, confirmou Dr. Marinho. Anéis intra-corneanos e LIO afácica podem ser utilizados separadamente ou em conjunto.

Segundo Dr. Marinho a regra deveria ser:

“Em casos de ametropias residuais com boa AVc/c, implantar LIO fácica. Se apresentar uma AVc/c ruim com erro refrativo baixo, os anéis intra-corneanos são geralmente suficientes. Se ambas características (baixa AVc/c e importante ametropia residual) estiverem associadas, as duas tecnologias adicionais podem ser juntamente utilizadas. O anel intra-corneano deverá ser implantado em primeiro lugar e a LIO fácica após 6 meses.”

Para maiores informações:
  • Dr. Antonio A.P. Marinho, pode ser contactado à R. Santa Catarina 132-1, Porto 4000 Portugal; +351-22-2007538; fax: +351-22-618-9206; e-mail: marin@mail.telepac.pt. Ele não tem interesses financeiros em qualquer das companhias ou produtos aqui mencionados, neste artigo.
  • Michela Cimberle é Correspondente da Equipe da OSN, localizada em Treviso, Itália, que cobre todos os aspectos oftalmológicos. Ela está baseada geograficamente na Europa.