October 01, 2009
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Complicação rara após a retinectomia relaxante pode limitar bastante a acuidade visual

Os pacientes devem ser informados sobre o baixo risco de dobra retiniana inferior após a retinectomia relaxante para vitreorretinopatia proliferativa.

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A borda da mácula pode se dobrar para dentro em um pequeno número de pacientes após a retinectomia relaxante para a vitreorretinopatia proliferativa, podendo ocasionar resultados visuais insatisfatórios.

Apesar de rara, a complicação tem uma perspectiva ruim para os pacientes, segundo o Dr. Tom H. Williamson, FRCS, FRCOphth, do St. Thomas’ Hospital, em Londres. Nos casos limitados que o Dr. Williamson presenciou, a acuidade visual foi diminuída em relação ao movimento das mãos ou à percepção da luz.

“Os indivíduos que tiveram esta complicação geralmente tem poucas perspectivas”, ele afirmou. “É uma complicação de estágio final”.

Relatos dos primeiros casos

Em um artigo em Eye, o Dr. Williamson relatou cinco pacientes com dobra retiniana inferior grave após a revisão em 254 pacientes que se submeteram a retinectomias relaxantes para resolução da vitreorretinopatia proliferativa; o que sugere uma frequência de complicação de aproximadamente 2%. Uma revisão de literatura não encontrou relatos anteriores de dobra retiniana inferior após a retinectomia.

Estudos anteriores não citaram complicações após a retinectomia relaxante, afirmou. Um estudo de 1989 realizados por pesquisadores na França relatou uma membrana epirretiniana na borda posterior da retinectomia, mas a retina permaneceu bem posicionada. Além disso, em 1987, um grupo de pesquisadores britânicos citou um caso de deslocamento retiniano nasal durante a cirurgia.

“Ao consultarmos a literatura sobre este episódio, não conseguimos encontrar esta complicação específica descrita, mas acredito ser porque as pessoas não esperavam encontrar este tipo de complicação”, afirmou o Dr. Williamson. “Ao consultarmos relatos anteriores de retinectomias, o percentual de falha é um pouco maior do que as encontradas por nós — cerca de 60% de sucesso. Ao observarmos as retinectomias realizadas por nós, ultimamente, o percentual de sucesso é bem mais alto do que isso e pode ser que quando há um grande número de falhas retinianas, não haja procura por uma complicação específica, como essa”.

Monitoramento contínuo

Apesar de o Dr. Williamson ter observado a complicação pela primeira vez em um dos seus pacientes, há 10 anos, o percentual de 2% significa que é difícil identificar os fatores de risco para a complicação.

“Seria necessário ter mais números mas, claro, é uma complicação rara, portanto irá demorar muito para se determinar os fatores predisponentes”, explicou o Dr. Williamson.

Ele continua a monitorar seus dados cirúrgicos, especificamente para determinar se a sincronização da retinectomia pode ajudar a evitar complicações, incluindo a dobra inferior retiniana. Além disso, o Dr. Williamson afirmou que continua a realizar a retinectomia para o tratamento da vitreorretinopatia proliferativa, pois ainda é uma opção viável e segura.

“Os pacientes precisam ser avisados sobre isso. Os cirurgiões precisam realizar as retinectomias de qualquer forma pois, em geral, há percentuais de sucesso muito bons, na faixa de 87% a 90%, e … é melhor do que muitos outros procedimentos que podem ser feitos para esta complicação”, ponderou. — por Bryan Bechtel

Referência:

  • Gupta B, Mokete B, Laidlaw DA, Williamson TH. Severe folding of the inferior retina after relaxing retinectomy for proliferative vitreoretinopathy. Eye. 2008;22(12):1517-1519.

  • O Dr. Tom H. Williamson, FRCS, FRCOphth, pode ser contatado em St. Thomas’ Hospital, Lambeth Palace Road, SE1 7EH U.K.; 44-20-7188-7188; e-mail: tom@retinasurgery.co.uk.