May 01, 2010
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Stent para glaucoma com a cirurgia de catarata reduz o uso de medicação após 1 ano

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BOSTON — Segundo um estudo apresentado pela reunião da American Society of Cataract and Refractive Surgery, o implante de um stent para glaucoma combinado com a cirurgia de catarata reduziu significativamente o uso de medicação hipotensiva após um 1 ano.

Dr. Thomas W. Samuelson
Thomas W. Samuelson

O Dr. Thomas W. Samuelson apresentou resultados de um estudo randomizado, prospectivo, multicêntrico no âmbito de uma investigação norte-americana comparando o implante do dispositivo de microbypass trabecular iStent (Glaukos) combinado à cirurgia de catarata com a cirurgia de catarata isolada.

“O número de medicamentos no grupo iStent foi menos do que a metade, se comparado ao grupo de catarata isolada no primeiro ano, e o dobro de pacientes no segundo grupo usou medicamentos em 1 ano”, disse o Dr. Samuelson.

O estudo incluiu 240 olhos com cataratas e glaucoma moderado a leve com uma PIO de 24 mm Hg ou menos. As medicações foram adicionadas no pós-cirúrgico quando a PIO ultrapassou 21 mm Hg.

Os dados do estudo mostraram que em 1 ano, 35% dos pacientes no grupo de cirurgia de catarata isolada e 15% dos pacientes no grupo de combinação utilizaram a medicação. Os pacientes no grupo de stent apresentaram um maior tempo até utilizar a medicação ou realizar a cirurgia do que o grupo de cirurgia de catarata isolada, afirmou o Dr. Samuelson.

Mais pacientes no grupo combinado atendem às metas de eficácia: uma PIO menor do que 21 mm Hg e uma redução de PIO maior do que 20% sem medicação.

LIO de microincisão: recuperação rápida, baixo astigmatismo induzido

Segundo um palestrante, uma LIO projetada para inserção através de uma pequena incisão apresenta potencial para a recuperação visual rápida com baixo astigmatismo induzido pela cirurgia.

Após a facoemulsificação, uma iMICS1 IOL (Hoya) foi implantada através de uma microincisão de 1,8 a 2,2 mm com a ajuda de um cartucho, apesar de haver um injetor pré-carregado na etapa planejada de desenvolvimento, afirmou o Dr. Hiroko Bissen-Miyajima.

No dia 1, após a cirurgia em 38 olhos de 29 pacientes, a acuidade visual não corrigida média para longe estava um pouco acima de 0,00 logMAR; depois de uma semana 1, 0,00 logMAR foi obtido e mantido durante o acompanhamento de 1 mês. A acuidade visual corrigida também foi consistente e com pouca alteração em todo o estudo.

Após a cirurgia, os pacientes apresentaram uma alteração média no astigmatismo corneano de – 0,709 D no dia 1, –0,64 D na primeira semana 1 e –0,642 no primeiro mês. De modo geral, a média de astigmatismo induzido cirurgicamente foi de 0,12 D, concluiu o Dr. Bissen-Miyajima.

No estudo, o tamanho final da incisão, após a inserção da LIO, foi de 2 mm em 53% dos olhos, 2,1 mm em 21%, 1,9 mm em 21% e 2,2 mm em 5%.

A LIO tórica corrige o astigmatismo baixo, aumenta a independência em relação aos óculos

Segundo um palestrante, a LIO tórica acrílica comprovou ser eficaz na correção de baixos níveis de astigmatismo corneano.

Dr. Paul H. Ernest
Paul H. Ernest

A LIO tórica AcrySof SN6OT3 (Alcon) também apresentou uma alta taxa de independência em relação aos óculos, afirmou o Dr. Paul H. Ernest.

“As lentes tóricas T3 proporcionam uma excelente correção do astigmatismo”, afirmou o Dr. Ernest. “O astigmatismo induzido cirurgicamente foi diferente com base nos tipos de incisão”.

O estudo prospectivo inclui 30 olhos de 25 pacientes que necessitavam de correção do astigmatismo de 0,75 D a 1,03 D. A remoção da catarata e o implante de LIO tórica foram realizados através de uma incisão corneana limpa ou em túnel límbico. Os resultados foram avaliados no pré-cirúrgico e em 1, 3 e 6 meses do pós-cirúrgico.

Os resultados mostraram que o astigmatismo corneano médio no pré-cirúrgico de 1 D reduziu para 0,4 D em 6 meses. As incisões corneanas limpas apresentaram um astigmatismo cirurgicamente induzido de 0,6 D. As incisões em túnel límbico apresentaram um astigmatismo cirurgicamente induzido de 0,3 D, acrescentou o Dr. Ernest.

O logMAR médio da acuidade visual para longe não corrigida melhorou de 0,6 D a 0,09 D em 6 meses de pós-cirúrgico.

No pré-cirúrgico, 65% dos pacientes dependiam de óculos para a visão à distância. No pós-cirúrgico, 74% dos pacientes não dependiam de óculos, concluiu o Dr. Ernest.

A LIO de parte única oferece uma boa estabilidade e baixa taxa de opacificação

Segundo um palestrante, uma LIO de parte única oferece uma inclinação e descentralização menor do que um modelo similar de três partes, com baixa ocorrência de opacificação capsular.

Em um estudo de 100 olhos de 50 pacientes aleatoriamente distribuídos para receber a LIO Tecnis de parte única ou de três partes (Abbott Medical Optics), a inclinação horizontal média foi de 2,08° em pacientes implantados com a de parte única e 2,77° em pacientes do grupo de três partes, afirmou o Dr. Oliver Findl. A inclinação vertical foi de 2,12° no grupo de parte única e de 3,65° no grupo de três partes.

No estudo, a LIO de parte única apresentou uma descentralização média de 0,16 mm no plano horizontal e 0,17 mm no plano vertical, enquanto que no modelo de três partes a descentralização foi, em média, de 0,26 mm no plano horizontal e de 0,27 mm no plano vertical.

A ocorrência da opacificação de cápsula posterior foi baixa em ambos os grupos sem diferença clinicamente relevante entre eles, concluiu o Dr. Findl.

A biomicroscopia tridimensional melhora a colocação da LIO tórica fácica

Segundo um palestrante, a biomicroscopia tridimensional de alta frequência é um novo método promissor para aumentar a estabilidade da LIO tórica fácica na câmara posterior.

Dr. Pierre-Marie Josselin
Pierre-Marie Josselin

“A medição do segmento anterior representa um ciclo, por isso precisamos utilizar um formato de sulco tridimensional para dimensionar a LIO fácica”, afirmou o Dr. Pierre-Marie Josselin. “Esse produto poderia ajudar a compreender o desenho do cristalino para prever a posição final da LIO”.

A imagem tridimensional é necessária para avaliar o formato de sulco-a-sulco. Os exames de imagem identificam a córnea, a íris, o corpo ciliar e a LIO.

Um estudo incluiu 48 olhos de 25 pacientes com uma idade média de 29 anos. Os resultados mostraram pouca correlação entre as medidas de ângulo-a-ângulo e de sulco-a-sulco. Três meses após a cirurgia, a rotação média foi de 5,5·; a rotação foi na maior parte em direção ao eixo vertical. Um paciente necessitou trocar as lentes, devido à rotação.

“Com o conhecimento [da medida de sulco-a-sulco] prévio, seria possível visualizar a melhor posição da LIO e escolher a melhor rotação de toricidade”, afirmou o Dr. Josselin.

O sistema de telescópio de LIO oferece um potencial para pacientes com AMD severa

Segundo um palestrante, uma combinação de LIO de câmara posterior com LIO de câmara anterior que funciona como um telescópio de Galileu oferece uma recuperação visual razoável em pacientes com degeneração macular relacionada à idade com ameaça à visão.

“O IOL-Vip System (LenSpecial) parece ser um dispositivo novo e promissor para a reabilitação visual de pacientes que sofrem de degeneração macular de estágio final. Entretanto, a reabilitação visual total nunca é possível”, afirmou o Dr. Ramin Khoramnia.

Em sete olhos de sete pacientes com a acuidade visual média melhor corrigida no pré-cirúrgico de 1,3 logMAR, os pacientes apresentaram uma melhora média de 0,68 logMAR, afirmou o Dr. Khoramnia. Todos os pacientes relataram uma melhoria da qualidade de vida após o implante.

Não foram observadas complicações no pós ou intra-operatório relacionadas ao dispositivo; entretanto, os pacientes tiveram uma perda de 6%, em média, de células endoteliais, após a cirurgia, e de 10%, durante o primeiro ano após o implante. Além disso, os pacientes que se submeteram ao implante com o sistema apresentaram um equivalente esférico pós-cirúrgico de +4,5 D.

A MICS pode oferecer mais benefícios do que a cirurgia de catarata com incisão pequena

Segundo um pôster, a cirurgia de catarata através de uma microincisão de 1,8 mm apresentou melhores resultados do que a cirurgia de catarata de incisão pequena.

“Minimizar o tamanho da incisão na cirurgia de catarata também pode diminuir o astigmatismo induzido pela cirurgia, melhorar a resistência e a integridade da ferida, reduzir a perda celular endotelial, a endoftalmite pós-cirúrgica e o tempo de recuperação do paciente”, afirmou o Dr. J.E. McDonald em um pôster.

O estudo retrospectivo incluiu 63 pacientes que se submeteram à cirurgia de catarata através de uma microincisão (MICS) coaxial com a plataforma de facoemulsificação Stellaris (Bausch + Lomb). Um grupo de controle incluiu 45 pacientes que se submeteram à cirurgia de catarata através de incisão pequena (SICS) de 2,8 mm com o sistema de faco Millennium (Bausch + Lomb). Todos os pacientes que se submeteram à SICS foram implantados com a SofPort Advanced Optics IOL Anesférica da Bausch + Lomb ou Crystalens IOL. Todos os pacientes que se submeteram à MICS foram implantados com a Akreos MICS IOL (Bausch + Lomb).

O tempo de faco e a densidade da catarata efetivos foram avaliados no peroperatório. As células e o flare foram avaliados em 3,5 e 5 horas após a cirurgia. A acuidade visual para longe não corrigida e a acuidade visual para longe melhor corrigida foram avaliadas aos 3 e 6 meses.

Os resultados do estudo mostraram que as células e o flare foram de 1,78 no grupo SICS e 1,26 no grupo MICS. A diferença foi estatisticamente significativa (P = 0,0001).

Os pacientes no grupo SICS apresentaram uma acuidade visual média para longe não corrigida de 20/34 em 3 meses e 20/26 em 6 meses. Esses pacientes apresentaram uma acuidade visual média para longe melhor corrigida de 20/25 em 3 meses e 20/24 em 6 meses.

O grupo MICS apresentou uma acuidade visual para longe não corrigida de 20/27 em 3 meses e 20/21 em 6 meses. Esses pacientes apresentaram uma acuidade visual média para longe melhor corrigida de 20/21 em 2 meses e 20/21 em 6 meses. – Escrito por by Bryan Bechtel, Matthew Hasson and Courtney Preston