PRK com MMC produz impacto insignificante na densidade de células endoteliais

O procedimento não causou opacidade nem ceratite infecciosa, afirma palestrante.

O uso de 0,02% de mitomicina C não afetou significativamente o endotélio corneano após a PRK, de acordo com cirurgião.

“A aplicação [de MMC] de 0,02%... não teve efeitos adversos sobre a densidade de células endoteliais e a quantidade de erro refrativo de até 8 D. A profundidade da ablação não teve relação significativa com a densidade de células endoteliais”, declarou o Dr. Farid Karimian a seus colegas na reunião conjunta da American Academy of Ophthalmology e da Middle East Africa Council of Ophthalmology em Chicago, Estados Unidos.

MMC ofereceu resultados mistos, já que foi introduzida para evitar a opacidade da córnea, afirmou o Dr. Karimian.

“A mitomicina pode danificar potencialmente todas as camadas celulares principais da córnea: epitélio, estroma e células endoteliais. Fatores que podem contribuir são sua concentração, duração da exposição e tipo de ablação”, afirmou.

O Dr. Karimian apresentou os resultados de uma pesquisa em coautoria com o Dr. Mohammad Reza Jafari Nasab.

Pacientes, métodos

“O propósito de nossa pesquisa é avaliar como 0,02% de mitomicina pode afetar a densidade ou a morfologia das células endoteliais corneanas centrais”, afirmou o Dr. Karimian. “E saber se isso tem alguma relação com a quantidade de correção”.

A pesquisa incluiu 42 olhos de 21 pacientes com miopia moderada de até 8 D que passaram pela PRK com MMC tópica concomitante. A idade média dos pacientes era de aproximadamente 26 anos.

A PRK foi realizada com profundidade máxima de ablação de 122 µm; a profundidade média de ablação foi de 99 µm. A duração máxima de exposição à MMC foi de 40 segundos. A duração da exposição à MMC foi aumentada de acordo com o grau de erro refrativo e a profundidade resultante de ablação, declarou o Dr. Karimian.

“Temos um protocolo especial para cada um [grau de erro refrativo] e para aumentar a duração da aplicação de mitomicina C”, afirmou. “Se em um paciente normal a córnea é ablada mais que 70 µm, a MMC é aplicada por 10 segundos. Mas se forem 100 µm, o tempo de aplicação aumenta para até 30 segundos”.

A irrigação com solução salina balanceada e gelada foi realizada após a conclusão do procedimento. Todos os pacientes receberam lentes de contato terapêuticas.

O Dr. Karimian e seus colegas realizaram microscopia especular no pré-cirúrgico e 6 meses após a operação para avaliar a densidade e morfologia das células endoteliais. Os resultados foram apresentados como desvios padrão no teste T com análise de regressão positiva.

Impacto mínimo no endotélio

Os resultados da pesquisa 6 meses após a cirurgia mostraram que a média de densidade de células endoteliais diminuiu de 2.920 células/mm2 no pré-cirúrgico para 2.802 células/mm2 no pós-cirúrgico. A redução de 4% foi estatisticamente insignificante.

“Esta redução de 4% na densidade de células endoteliais foi comparável a uma variação de 4,1% que foi observada em medidas repetidas de células endoteliais em olhos não operados”, declarou o Dr. Karimian.

A leve redução na densidade de células endoteliais não teve efeito sobre o equivalente esférico do erro refrativo. Não foi identificado nenhum caso de opacidade ou doença ocular superficial no pós-cirúrgico. A morfologia das células endoteliais tampouco foi afetada. – por Matt Hasson

• O Dr. Farid Karimian pode ser contatado no Ophthalmic Research Center, No. 23, Amir Ebrahimi St., Boostan 9 St., Pasdaran Ave., Teerã 16666, Irã; +98-21-22587317; fax: +98-21-22825390; email: karimianf@yahoo.com.
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