May 01, 2006
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Presbi-LASIK é uma promessa para jovens présbitas

É comum um período inicial de visão turva para distância após o procedimento, dizem os pesquisadores.

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LISBOA — Um procedimento de LASIK multifocal traz uma promessa para a correção de presbiopia em relativamente jovens présbitas, de acordo com dois cirurgiões experientes nesta técnica.

Dr. José Ruiz Colecha apresentou resultados de um estudo comparando-se a técnica denominada de LASIK para présbitas (presbi-LASIK) com os resultados das LIOs para pseudoacomodantes e acomodantes.

“LASIK para présbitas atingiu um grande potencial,” Dr. Ruiz relatou aos espectadores nesta reunião da Sociedade Européia de Cirurgiões de Catarata e Refrativa.

Neste estudo, a acuidade visual não corrigida (AVNC) de longe e perto foram documentadas no pré e pós-operatório, assim como a melhor a acuidade visual corrigida (MAVC) no pré-operatório para longe e perto. Os dados da AVNC e MAVC forma colocado juntos num gráfico definido pelo Vissum Institue em Alicante, Espanha. O estudo que Dr. Ruiz apresentou inclui 44 olhos de 22 pacientes que se submeteram ao presbi-LASIK, 28 implantaram LIOs pseudoacomodativas e 14 tiveram implantadas LIOs acomodativas.

De acordo com os resultados, os olhos do presbi-LASIK mostraram melhora na acuidade visual de longe, o que ele chamou de “melhora variável” para visão de perto.

As LIOs de pseudoacomodação tiveram resultados variáveis, com algumas lentes mostrando bons resultados para visão de perto e alguns o oposto.

“Os resultados até agora para a lentes pseudoacomodativas não são encorajadores devido à grande variabilidades nos resultados finais,” confidenciou Dr. Ruiz.

A LIO acomodativa demonstrou “estabilidade” no seu desempenho tanto para visão de longe como de perto, tornando-se assim uma promessa para correção da presbiopia, Dr. Ruiz complementou.

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Na correção do presbi-LASIK, uma zona central de 3 mm para visão de perto é criada, circundada pela zona de transição para visão intermediária e de 6 mm de zona ótica para visão de longe.

Imagens: Alió JL

Mapeando perto e longe

Embora o estudo inclua pacientes com LIO, a apresentação do Dr. Ruiz concentrou-se mais nos resultados do presbi-LASIK.

Ele explicou que o objetivo do presbi- LASIK é criar na córnea uma zona óptica de 3 mm com adição de +0.75 D a +2 D para perto, circundado por uma zona de transição de pelo menos 6 mm para visão de longe.

Através de uma mensagem enviada pelo e-mail, Dr. Jorge L. Alió, diretor médico do Vissum Instituto, disse que a maioria dos jovens présbitas requer apenas uma adição de 1.75 D para a visão de perto para ver J1, mas os présbitas veteranos normalmente já ultrapassaram este estágio, tornando o procedimento menos eficaz para eles.

A média da idade dos pacientes submetidos ao presbi-LASIK foi de 58 anos, variando de 51 a 68. A média do grau esférico pré-operatório foi de 2.13 D, indo de 0.75 D até 3.25 D, e a média do cilindro pré-operatório foi de -0.58 D. Houve uma redução no grau do cilindro para uma média de -0.17 D e -0.44 D em 6 e 12 meses pós-operatórios, respectivamente.

Os dados foram plotados num gráfico que alocou a visão de longe e perto no eixo horizontal e vertical para demonstrar a mudança do pré para o pós-operatório. (Veja a figuras)

Presbi-LASIK

Acuidade visual não corregida de longe e de perto com alta sensibilidade ao contraste.
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Fonte: Alió JL

O quadrante superior direito representa estado “perfeito” da visão de perto, visão de perto e longe livres de lentes, enquanto que o quadrante inferior esquerdo representa um resultado ruim tanto para longe quanto para perto, Dr. Ruiz orientou.

Ele mostrou nove dos 22 pacientes de presbi-LASIK neste gráfico. Quase todos pacientes migraram do quadrante inferior esquerdo pré-operatório para o superior direito após o procedimento.

Adaptação neural

Dr. Ruiz disse que existe um período de adaptação para alguns pacientes após a correção pelo presbi-LASIK. Devido às imagens de longe e perto serem focadas simultaneamente na retina, o cérebro deve adaptar-se a nova forma de se ver e aprender a selecionar os objetos de interesse, seja de perto ou longe. Dr. Ruiz comentou afirmou que, com o tempo, a imagem desfocada se neutralizará através da adaptação do córtex visual.

Quando o paciente já usa óculos bifocais ou multifocais ou lentes de contato bifocais, esta adaptação neural após o presbi-LASIK, é desafiadora. Óculos bifocais provocam uma mudança abrupta da zona de perto para a zona de longe, para o qual o paciente poderá escolher.

Após o presbi-LASIK, poderá ocorrer um período de visão turva para longe, persistindo por aproximadamente 3 a 4 semanas. Esta é uma parte da adaptação neural para visão de longe e de perto.

Dr. Ruiz enfatizou que uma das lições para se levar para casa desta palestra seria que os oftalmologistas deveriam evitar selecionar, para esta cirurgia, pacientes usuários de óculos multifocais uso de óculos multifocais.

“Eles estão acostumados a ter uma boa visão de perto com os óculos”, ele disse.

Ele reconheceu a necessidade de melhorias no “software” do presbi-LASIK.

“Com mais alguns desenvolvimentos no software, este método será o futuro para jovens présbitas”, afirmou.

Para maior informação:
  • Dr. José Ruiz Colecha, e Dr. Jorge L. Alió, PhD, podem ser encontrados no Vissum, Instituto Oftalmológico de Alicante, Avda. De Denia, s/n, 03016 Alicante, Espanha; +34-965-150-025; fax: +34-965-151-501; e-mail: jlalio@vissum.com.
  • Jared Schultz é redator de equipe da OSN que cobre todos os aspectos da oftalmologia. Ele se foca na Europa e região Pacífico-Ásia.