O ‘índice de controle de PIO’ parece ser uma promessa como ferramenta prognóstica
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BOSTON Segundo um estudo apresentado no World Glaucoma Congress, um índice de controle de PIO foi significativamente associado ao controle de PIO pós-operatória, após a facoemulsificação e um procedimento de faco-trabeculectomia combinado em pacientes de glaucoma de ângulo fechado crônico com catarata coexistente.
Clement C.Y. Tham |
Clement C.Y. Tham, FRCS, afirmou que o índice de controle de PIO utiliza a PIO e o número de medicações para diminuição de PIO para representar o controle de PIO com um número significativo.
O estudo incluía 123 olhos de 123 pacientes com glaucoma de ângulo fechado crônico e uma catarata coexistente. Os olhos foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: 62 olhos se submeteram apenas à faco, e 61 olhos se submeteram ao procedimento combinado de faco-trabeculectomia.
Na análise multivariada, o Prof. Tham afirmou que o índice de controle de PIO era o único fator em ambos os grupos que estava significativamente associado ao controle de PIO pós-operatória e à necessidade de cirurgia posterior para controle da PIO. Além disso, o índice estava significativamente associado à hipotonia em casos cirúrgicos combinados.
Nestes casos, com um índice de controle de PIO igual a 50, podemos considerar a realização apenas da faco se comparada com a cirurgia combinada, afirmou.
Aumento da área, da curvatura e da espessura da íris vinculados ao ângulo fechado
De acordo com um estudo, o aumento da área, da espessura e da curvatura da íris são fatores de risco para ângulo fechado, mesmo após a análise de outros fatores de risco oculares.
Norlina Ramli |
No estudo comunitário, transversal, observacional, 2.047 pacientes com mais de 50 anos, sem sintomas oftálmicos foram recrutados de uma clínica comunitária em Cingapura. Todos os pacientes se submeteram à gonioscopia e à tomografia de coerência óptica do segmento anterior.
A Dra. Norlina Ramli afirmou que, entre os 1.465 olhos disponíveis para análise, 315 pacientes (21,5%) apresentavam ângulo fechado. A espessura da íris e curvatura média foram maiores em pacientes com ângulo fechado.
As variações anatômicas nos parâmetros da íris curvatura, espessura e área independentes da profundidade da câmara anterior e do comprimento axial estão associadas aos ângulos fechados.
Pacientes com a camada de fibra nervosa da retina mais espessa apresentam perdas mais difusas
Segundo uma apresentação de pôster, nenhuma perda na camada de fibra nervosa da retina foi encontrada em pacientes com glaucoma pré-perimétrico.
A Dra. Csilla Ajtony e colegas da University of Pécs em Pécs, na Hungria, avaliaram a taxa e o padrão de alterações do campo visual em glaucoma pré-perimétrico. O estudo avaliou 112 olhos de 112 pacientes com alterações da cabeça do nervo óptico comuns ao glaucoma, mas sem alterações na função visual.
No estudo, 23 olhos (20%) apresentaram progressão do campo visual durante 3,7 anos de acompanhamento, dos quais 16 (69%) eram pacientes com média inicial da camada de fibra nervosa da retina menor do que 80 µm. Os pacientes com camadas de fibra nervosa da retina mais espessas perderam 2,44 µm por ano e têm um padrão mais difuso de perda de fibra nervosa da retina.
Os autores relataram que os estudos mesmo com variação individual confirmam uma espessura da camada de fibra nervosa da retina de cerca de 70 µm, representando um valor de limiar profundo nas alterações estruturais glaucomatosas. As implicações deste achado podem ser importantes ao se avaliar o progresso da doença.
Medições biológicas, fatores de histórico familiar no tratamento do glaucoma
Um médico afirmou que o diagnóstico e a terapia do glaucoma devem ser baseados nas medições biológicas como a espessura corneana, a relação escavação/disco e os fatores de risco, como histórico familiar, sem considerar a raça.
Eve J. Higginbotham |
A Dra. Eve J. Higginbotham falou sobre como a raça, em glaucoma, é altamente associada à questão social, não biológica. Ela mencionou que os clínicos devem considerar o país de origem do paciente e o histórico familiar como fatores de risco importantes e mais específicos para a doença.
Se continuarmos a considerar as pessoas em apenas estas quatro ou cinco categorias [raciais], acredito que deixaríamos passar a oportunidade de identificar as causas biológicas mais específicas relacionadas às respostas aparentes à terapia, explicou a Dra. Higginbotham.
A pesquisa antropológica e genética demonstrou que a raça não tem função na comunidade científica, mas continua a ter um papel importante na comunidade médica, afirmou.
Quando você pensa em implicações sociais, como o acesso ao tratamentoe a eficácia da relação entre médicos e pacientes, a questão da raça poderia ser levada em consideração, explicou a Dra. Higginbotham. Escrito por Erin L. Boyle e Kristine Houck
Às vezes, nosso ensino e tradições médicas não são úteis à medida que expandimos nosso conhecimento de uma doença como o glaucoma. A Dra. Higginbotham deixa isso claro no seu discurso sobre o uso de medidas biológicas como base para o diagnóstico e tratamento do glaucoma. Podemos fazer mais do que tentar determinar o risco ou o plano de tratamento baseado em raça. Ao obtermos maiores conhecimentos sobre genética e fundamentos moleculares para o glaucoma e sobre a variação na resposta ao tratamento, alguns dos nossos conceitos mais antigos serão muito pouco úteis. É vantajoso compreender as limitações desses conceitos históricos.
Dr. Robert D. Fechtner
Institute of
Ophthalmology and Visual Science, UMDNJ-New Jersey Medical School