Estudo: Fotocoagulador trata com êxito a retinopatia proliferativa diabética
A maioria dos olhos com retinopatia diabética proliferativa que se submeteu ao tratamento com o fotocoagulador PASCAL teve uma alta taxa de sucesso com uma média de 3,9 sessões e regressão completa de novos vasos, afirmaram os autores do estudo.
O estudo confirma que [ao] reduzir o tempo de exposição e aumentar a potência das máquinas de laser convencionais, [panfotocoagulação com laser] em [retinopatia diabética proliferativa] é seguro e eficaz e pode ser viável com uma experiência mais confortável [para] o paciente, o Dr. Francesco Bandello, FEBO, e colegas afirmaram na reunião da Association for Research in Vision and Ophthalmology.
Eles conduziram uma revisão retrospectiva de 26 olhos em 21 pacientes com retinopatia diabética não proliferativa grave não tratada com fármacos (sete olhos), retinopatia diabética proliferativa precoce (16 olhos) ou retinopatia diabética proliferativa de alto risco (três olhos).
Um total de 19 olhos (73%) obtiveram regressão completa dos novos vasos. Em sete olhos, a neovascularização não foi completamente resolvida, sendo necessária uma fotocoagulação adicional, afirmaram os autores do estudo.
Um olho apresentou um descolamento coroidal resolvido em 1 semana.
Polimorfismo vinculado ao risco de AMD, acuidade visual reduzida
A análise dos dados do subestudo de genética DAWN de ensaios do ranibizumab evidenciou que o polimorfismo C5 I802V estava associado ao risco de degeneração macular relacionada à idade (AMD), com uma reação evidente à medicação anti-VEGF.
O polimorfismo C5 I802V estava associado à resposta diferencial ao ranibizumab, mesmo após os ajustes para as covariações de referência importantes, Dr. Jason S. Ehrlich e colegas afirmaram na reunião da Association for Research in Vision and Ophthalmology.
O estudo avaliou os resultados da amostra de DNA de 352 pacientes com AMD úmida. Todos os pacientes apresentavam neovascularização coroidal.
O Dr. Ehrlich e seus colegas descobriram que o genótipo em C5 apresentava propensão para uma pior perda de acuidade visual em pacientes que se submeteram à terapia fotodinâmica/tratamento simulado. Em pacientes que se submeteram ao tratamento com Lucentis (ranibizumab, Genentech), a resposta foi superior para cada genótipo, com o tamanho da diferença da mesma ordem que a alteração da [acuidade visual] média, Dr. Ehrlich e colegas afirmaram.
Staphylococcus coagulase-negativa é a bactéria mais encontrada antes da faco
A etiologia mais frequente de endoftalmite infecciosa, a Staphylococcus coagulase-negativa, também foi a bactéria mais encontrada na flora conjuntiva, antes da cirurgia de catarata, segundo um estudo apresentado na reunião da Association for Research in Vision and Ophthalmology.
Gonzalo Varas e colegas analisaram 100 amostras provenientes do fórnix inferior, coletadas de 100 pacientes, e pesquisaram os microorganismos e a sensibilidade aos antibióticos da flora conjuntiva, antes da facoemulsificação.
Nestas amostras, eles descobriram que o microorganismo mais frequente, representando cerca de 67% das culturas positivas, era a Staphylococcus coagulase-negativa. Para a sensibilidade ao antibiótico para cada antibiótico, a vancomicina indicou 100%; o cloranfenicol, a cefazolina e a tobramicina indicaram 98%; a moxifloxacina indicou 94,1%; a gentamicina indicou 94%; a gatifloxacina indicou 88,2%; e a ciprofloxacina indicou 86,3%.
Descobrimos que a Staphylococcus coagulase negativa era a bactéria mais prevalente na flora conjuntiva, conforme descrito na literatura, os pesquisadores afirmaram.
A SLT pode ser o melhor tratamento secundário em pacientes negros
Um estudo concluiu que os pacientes negros tiveram uma redução significativamente mais alta nas medicações para glaucoma do que os pacientes brancos, quando a trabeculoplastia a laser foi empregada como tratamento secundário.
A análise da ficha retroativa apresentada na reunião da Association for Research in Vision and Ophthalmology avaliou os efeitos da SLT em 1.403 olhos de pacientes com glaucoma, de diferentes etnias, como tratamento primário e secundário. O acompanhamento foi de 5 anos.
O Dr. Lawrence F. Jindra e colegas descobriram que a SLT, como tratamento primário e secundário, reduz a PIO em pacientes brancos e negros. Quando a SLT foi usada como tratamento secundário, a redução média nas medicações para pacientes brancos e pretos foi significativamente diferente: os pacientes negros apresentaram uma queda de 54%, enquanto os pacientes brancos tiveram uma queda de 33%.
Em uma entrevista para a Ocular Surgery News, o Dr. Jindra afirmou que o estudo indicou que a SLT tem um grande impacto no uso de medicação em pacientes negros, auxiliando a redução de problemas de comprometimento com o tratamento, efeitos colaterais sistêmicos e tópicos e outros fatores importantes.
É uma grande vantagem em relação à economia para o paciente e a sociedade, afirmou.
Nova fluoroquinolona indica resultados promissores em estudos anteriores
A solução oftálmica de besifloxacina a 0,6% apresentou bons resultados em seis ensaios clínicos, conforme uma apresentação de pôster na reunião da Association for Research in Vision and Ophthalmology.
O Dr. Michael R. Paterno e colegas relataram, nos dados de fase 1, sobre a besifloxacina (Bausch & Lomb), uma fluoroquinolona nova utilizada para tratamento da conjuntivite bacteriana, assim como os dados de segurança de três outros estudos de grupos paralelos, randomizados e duplo-mascarados.
Os pesquisadores analisaram os resultados do tratamento em 1.350 pacientes que receberam a besifloxacina para tratar a conjuntivite bacteriana. Segundo o pôster, não houve alterações na densidade celular endotelial, com exposição sistêmica desprezível na administração tópica. O tratamento foi necessário para que não houvesse eventos adversos que, por sua vez, foram relatados como leves, sendo a dor de cabeça o mais comum, relatada em 1,8% dos casos.
Os dados de seis ensaios com 1.350 indivíduos demonstraram que a suspensão oftálmica de besifloxacina a 0,6% é segura e bem tolerada, afirmou o Dr. Paterno no pôster.
Atualmente, a besifloxacina é analisada pela U.S. Food and Drug Administration.
O tonômetro transpalpebral parece tão preciso quanto o padrão ouro
Um estudo mostrou que o tonômetro Diaton mediu a PIO dentro dos 3 mm Hg relacionados ao tonômetro de aplanação padrão ouro, na maior parte dos casos não glaucomatosos e glaucomatosos.
O Dr. Mark A. Latina e colegas reportaram na reunião da Association for Research in Vision and Ophthalmology que o tonômetro Diaton (BiCOM) mediu dentro dos 3 mm Hg em 83,3% dos olhos, quando correlacionado às medidas com o tonômetro de aplanação Goldmann.
Em uma entrevista para a Ocular Surgery News, o Dr. Latina afirmou que as medidas de PIO com o tonômetro Diaton são equivalentes à tonometria de aplanação Goldmann. O dispositivo Diaton oferece um método seguro e sem contato de medir a pressão através da pálpebra.
Ele fornece uma estimativa razoável da pressão, sem necessitar de anestesia da córnea através de uma abordagem transpalpebral, afirmou.
O Dr. Latina e colegas apresentaram os resultados do estudo em um pôster. O estudo analisou as medidas de PIO em 66 olhos de 33 indivíduos consecutivamente; 46 olhos apresentaram glaucoma e 20 estavam normais. As medidas foram mascaradas, com um pesquisador usando a tonometria Goldmann e outro usando Diaton.
Medidas corneanas não afetadas pelo uso prolongado de lentes de contato
Um estudo concluiu que o uso de lentes de contato gelatinosas por até 32 anos não parece ter um impacto significativo nas principais medidas corneanas.
O uso prolongado de lentes de contato gelatinosas parece não alterar as propriedades biomecânicas da córnea, a Dra. Anja Kissner e colegas afirmaram na reunião da Association for Research in Vision and Ophthalmology.
A Dra. Kissner e colegas conduziram um ensaio clínico prospectivo com 34 olhos de 17 indivíduos que usavam lentes de contato gelatinosas. Os olhos foram divididos em dois grupos: uso intermediário ou prolongado de lentes de contato. O tempo de uso das lentes de contato variava de 2 a 32 anos.
Além disso, um grupo de controle consistiu em 34 olhos de 17 indivíduos que não tinham histórico de uso de lentes de contato.
O estudo avaliou o fator de histerese e resistência corneana através do Ocular Response Analyzer (Reichert) e a espessura corneana central através da paquimetria ultrassônica. Uma fórmula foi usada para definir os resultados.
Os pesquisadores não encontraram diferenças estatísticas significativas entre os dois grupos de uso de lentes de contato e o grupo de controle para todos os resultados e medidas.
Dados da fase aguda 1 são favoráveis à combinação volociximab-ranibizumab
O volociximab, um antagonista da integrina alfa-5 beta-1, combinado com ranibizumab para tratamento da degeneração macular relacionada à idade do tipo úmida apresenta um perfil de segurança favorável nos estudos de fase aguda 1, conforme uma apresentação de pôster na reunião da Association for Research in Vision and Ophthalmology.
O Dr. Baruch D. Kuppermann e colegas relataram os resultados de escalada de dose concluída para 10 indivíduos inscritos no estudo.
Os pacientes receberam três injeções mensais intravítreas de volociximab (Ophthotech) em olhos que nunca foram tratados com fármacos em uma de três doses. Até seis indivíduos receberam doses de 0,5 mg, 1,25 mg ou 2,5 mg em ordem ascendente combinadas com Lucentis (ranibizumab, Genentech).
A escalada de dose foi concluída sem evidência de toxicidade limitante à dose ou eventos adversos relacionados à medicação, afirmou o Dr. Kuppermann.
Os resultados até a presente data sugerem que o volociximab apresenta um perfil de segurança favorável e os dados preliminares suportam os estudos pré-clínicos, afirmou. por Erin L. Boyle y David W. Mullin