September 01, 2007
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Congresso Argentino de Oftalmologia homenageia um bom amigo e colega

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Congresso Argentino de Oftamologia

BUENOS AIRES – Como presidente, Dr. Carlos Argento abriu o Congresso Argentino de Oftalmologia, e lembrou seu amigo e colega, Dr. Gustavo Cremona, que faleceu recentemente. Falou muito bem dele e da sociedade que ambos ajudaram a cultivar.

“Este congresso é fruto do trabalho de centenas de pessoas, incluindo médicos, equipe técnica, administradores, secretárias e organizadores do congresso. Para todos participantes, nossos agradecimentos”, Dr. Argento exclamou. “Este 18° Congresso Argentino de Oftalmologia é chamado de ‘Oftalmologia baseada em evidência’. Gostaria de ressaltar a importância deste conceito. Também de enfatizar que este congresso foi fundamentalmente desenhado para participação ativa dos congressistas em todos os sentidos”.

Ele ressaltou os aspectos únicos desta conferência, tais como um curso de instrumentação oftálmica e videoconferência com Wills Eye Hospital na Filadélfia. Outros palestrantes elogiaram a sociedade e seus membros por toda dedicação e contribuições para a especialidade.

“Este 18º Congresso é certamente um sucesso como evidenciado por suas atividades e programas de hoje. Esta cidade e país são reconhecidos mundialmente na oftalmologia e o tem sido por muitas décadas”, afirmou Dr. Bruce Spivey, presidente do International Council of Ophthalmology, ao público. “Esperamos que seu futuro seja novamente brilhante como a oftalmologia tem sempre sido”.

A cerimônia encerrou o primeiro dia de congresso com um coral de homens e mulheres cegas, dirigido por Osvaldo César Manzanelli, e um tributo ao Dr. Cremona.

Esclerectomia profunda não-penetrante com faco é equivalente à facotrabeculectomia

Esclerectomia profunda não-penetrante com faco produziu resultados equivalentes à facotrabeculectomia, revelou um estudo apresentado.

Dr. Bruce Spivey
Dr. Bruce Spivey, presidente do Conselho Internacional de Oftalmologia falou na sessão de abertura do18º Congresso Anual Argentino de Oftalmologia, elogiando o país por suas contribuições para a oftalmologia e convocando para continuação deste trabalho.

Imagens: Altersitz K, OSN

“Ambas as técnicas demonstraram serem eficazes no controle da PIO com o passar do tempo”, disse Dr. Alejandro F. Gonella. “A esclerectomia profunda não-penetrante com faco causou menos complicações pós-operatórias imediatas, melhor acuidade visual inicial, menos inflamação e menos hipotonia”.

Dr. Gonella e colaboradores avaliaram as reduções da PIO e taxas de complicações dos 60 olhos tratados com esclerectomia profunda não-penetrante e facoemulsificação. Eles compararam os resultados com um grupo de 33 olhos que foram submetidos à facotrabeculectomia de acordo com o estudo.

Ele demonstrou que os pacientes selecionados para a esclerectomia profunda não-penetrante com faco tiveram, em média, pré-operatória, a PIO mais baixa do que com facotrabeculectomia, com 19,58 mm Hg e 22,04 mm Hg, respectivamente. Ambos os grupos usavam, em média, duas medicações.

A PIO permaneceu com valores similares durante os primeiros anos. Após 6 anos, o grupo de faco-trabeculectomia apresentou uma média menor da PIO, embora a diferença não fosse estatisticamente significativa.

Em 6 anos, a média da PIO foi de 14 mm Hg para o grupo de facotrabeculectomia e 16 mm Hg para o grupo da esclerectomia profunda. Ambos os grupos, em média, utilizaram menos de uma medicação anti-glaucomatosa.

“A esclerectomia profunda com faco não-penetrante constitui um procedimento que requer uma curva de aprendizagem fundamental para obter, em casos selecionados, vantagens comparadas a facotrabeculectomia com punch”, Dr. Gonella afirmou.

Cirurgiões que realizam DSEK tendem a remover o cristalino

Um cirurgião que previamente evitava remover um cristalino sem catarata, mostrou dados que sustentam a remoção de todos os cristalinos antes de realizar ceratoplastia endotelial com membrana de Descemet.

Dr. Francis W. Price Jr.
Francis W. Price Jr.

“Eu posso recomendar a retirada de todos os cristalinos”, Dr. Francis W. Price Jr. relatou durante sua apresentação.

Ele apresentou dados de 66 olhos com 3 anos de follow-up após ceratoplastia endotelial posterior com Descemet. Após 3 anos, 35% dos olhos apresentaram sinais de catarata e 21% foram submetidos a facoemulsificação com implante de LIO.

Dr. Price disse que se existe qualquer redução na profundidade da câmara anterior ou sinais de catarata, o cristalino deverá ser removido, embora geralmente não remove cristalinos transparentes.

Estudo: Acupuntura estatisticamente não interfere com o glaucoma

Apesar das restrições de alguns oftalmologistas, acupuntura não provoca um efeito adverso no glaucoma, embora também não ajude de forma significativa, conforme um estudo apresentado.

Dr. José Emilio Bella e colaboradores investigaram o efeito da acupuntura em 10 olhos de seis pacientes com vários tipos de glaucoma. Os pesquisadores compararam o primeiro mês sem acupuntura – o mês controle – com os meses subseqüentes com tratamento.

Os dados demonstraram que, em mais de 6 meses de follow-up, nenhum dos 10 olhos dos seis pacientes apresentou efeitos adversos.

“Durante o estudo, a ausência de efeitos adversos no tratamento administrado foi verificada”, Dr. Bella disse em sua apresentação.

Alguns pacientes, tais como os de glaucoma primário de ângulo aberto, mostraram uma redução significativa na PIO entre os meses, mas em um todo não foi energicamente significativa, ressaltou.

“Nós observamos que a maioria dos pacientes analisados de forma individual, em grupo ou total, quanto à elevação, assim como a redução da PIO, não é estatisticamente significativa, e sem qualquer associação clara aos tipos de glaucoma, esquemas, etc.”, disse.

LASIK com monovisão mostra bons resultados em um estudo

Em retorno aos básicos, cirurgiões conversam sobre as vantagens e desvantagens associadas a monovisão criada pelo LASIK.

Dr. Jorge Alió
Jorge L. Alió

Dr. Jorge Alió apresentou um estudo advogando o procedimento, afirmando sua habilidade em restaurar a capacidade multifocal com a menor correção necessária. LASIK com monovisão funciona para visão à distância, de perto e noturna, é psicologicamente aceita e facilmente reversível, comentou.

O estudo revelou que em 184 pacientes, com média de idade de 47,6 anos, apenas 5% necessitaram de retoque. Quatro pacientes não estavam satisfeitos com a monovisão, quatro quiseram inverter sua dominância e um paciente quis reduzir a miopia no olho dominante.

Os pacientes hoje têm “uma alta demanda por qualidade visual”, disse Dr. Alió, ressaltando que o procedimento tem seus inconvenientes e porque os pacientes têm problemas de baixa sensibilidade de contraste e mínima estereopsia.

Monovisão com lente monofocal mostra ser promissora em pacientes présbitas

Pacientes présbitas procurando evitar os óculos após a cirurgia de catara, podem achar uma solução com lente monofocal combinada com monovisão, de acordo com um cirurgião que liberou dados preliminares de seu estudo prospectivo.

Dr. Carlos Argento
Dr. Carlos Argento abriu o 18º Congresso Anual Argentino de Oftalmologia de aspectos únicos desta conferência e prestou homenagens ao Dr. Gustavo Cremona, que faleceu recentemente.

“Quais são as alternativas para solucionar a presbiopia após cirurgia de catarata? Estas alternativas são especialmente as lentes multifocais”?

Dr. Graham Barrett perguntou durante o congresso.

“A monovisão tem sido amplamente praticada na cirurgia de catarata com pseudoafacia, mas surpreendentemente existem poucos dados publicados na literatura”, disse. Um estudo mostrou que 92% dos pacientes obtiveram 20/30 e J1 sem correção com uma taxa de aceitação de 90%.

Em estudo retrospectivo, analisando seus casos, Dr. Barrett achou que os pacientes tenderam para emetropia, mesmo apresentando uma miopia residual ainda tinham uma excelente acuidade visual para perto e longe. Aqueles que tinham aproximadamente -1,0 D podiam ver 20/30 ou 20/40, e ler pequenas letras, tais como as utilizadas em cartões de visita.

“Estes resultados sugeriram ... que a pseudoacomodação com implantes monofocais existe”, relatou.

Dr. Barrett afirmou que existe uma redução significativa na estereopsia, demonstrando incidências de anisometropia. Ele acrescentou que a forte dominância ocular pode resultarem astenopia.

Em seus primeiros resultados de 14 pacientes do estudo prospectivo em andamento, ele tem verificado altos níveis de acuidade e satisfação.

Os pacientes, que são emétropes de um olho e têm -1,0 D no outro, são avaliados para acuidade visual de longe e perto, equivalente esférico do erro refrativo, e preenchem um questionário sobre independência total dos óculos e satisfação.

“Os resultados são encorajadores”, disse Dr. Barrett, mostrando que 80% alcançaram N6, ou melhor, e 100% obtiveram N8 ou melhor com visão binocular para perto, sem correção. A acuidade visual para longe sem correção é “excelente, ”acrescentou, com 80% 20/20 e 100% 20/30 ou melhor.

“Definitivamente eu sugeriria que a monovisão deveria ser considerada como alternativa viável para melhorar a visão de perto na pseudofacia”, afirmou. “Recomendo alvejar -1,0 D de miopia no olho não-dominante, como uma estratégia útil para evitar certas limitações que já discutimos”.

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