Abertura do congresso mexicano prepara terreno para enriquecimento cultural e educacional
O encontro versou sobre novas formas de uso e indicações para novas drogas e instrumentos com foco especial na melhoria dos resultados para os pacientes.
Click Here to Manage Email Alerts
GUADALAJARA, México — Líderes da oftalmologia e a comunidade de atenção à saúde no México convidaram os médicos, durante a abertura do Congresso Mexicano de Oftalmologia, a aproveitar a oportunidade dos avanços da tecnologia e das informações educacionais mais recentes para avançar ainda mais neste campo no país.
O congresso, realizado na segunda maior cidade mexicana, quebrou recordes prévios de comparecimento com quase 2.500 congressistas, de acordo com os organizadores.
Dr. José Ramón Becerra Bracho, presidente do comitê organizador do congresso, requereu colaboração de comitês regionais, nacionais assim como entidades governamentais.
“É impossível que eventos de grande porte como esse aconteçam como resultado do trabalho de só uma pessoa”, afirmou Dr. Becerra Bracho.
Entre os palestrantes convidados para a cerimônia de abertura estava Dr. José de Jesus Becerra Soto, Secretário de Estado de Saúde de Jalisco, onde Guadalajara está localizada. Dr. Becerra Soto conclamou os oftalmologistas mexicanos a reconhecer o peso da responsabilidade que acompanha o conhecimento. À medida que os médicos ampliam seu conhecimento acerca da especialidade e dos novos tratamentos disponíveis, eles devem aceitar a “obrigação de diagnosticar, tratar, melhorar e quando possível curar as doenças”.
“O conhecimento por si só não é a chave para o sucesso; a sorte e o uso apropriado do conhecimento o são”, afirmou.
|
De acordo com Dr. Fidel Díaz de León Herrera, presidente da Sociedade Mexicana de Oftalmologia, o sucesso do evento levou a decisão de torná-lo anual ao invés de bienal já em 2008. Em 2007, o México sediará o Congresso Pan-Americano de Oftalmologia em Cancun.
O evento foi caracterizado pelo fundo de diversidade cultural local incluindo-se aí os tradicionais músicos Mariachi e tequila, ambos conhecidamente originados de Guadalajara. Após a abertura, os organizadores ofereceram uma recepção com cocktail no hall onde os participantes puderam apreciar uma mostra de ambas as especialidades locais.
O que segue são os pontos altos do Congresso Mexicano de Oftalmologia. Esses itens foram primeiro disponibilizados no OSN SuperSite como notícias diárias de campo, direto do evento. Aguarde as próximas edições da OSN para uma cobertura ainda mais ampla de assuntos selecionados.
Cirurgia de Catarata
Bons resultados com o faco de 1,2 mm de incisão
A realização de cirurgias de catarata por incisões de 1,2 mm podem levar a melhora da acuidade visual até 20/20, revelou Dra. Yerenize Ângulo Lara.
Dra. Angulo Lara e colaboradores avaliaram seus resultados de cirurgias de catarata realizadas em 36 olhos de 34 pacientes com cataratas que variavam de grau 1 a grau 4. Em todos os casos os cirurgiões empregaram a técnica phaconit com 1,2 mm de incisão.
Dos 34 pacientes, 17 alcançaram uma acuidade visual final de 20/20, 11 alcançaram 20/25 e quatro foram até 20/30 revelou Dr. Ângulo Lara.
A acuidade visual final para os outros quatro olhos restantes de dois pacientes foram de 20/40, 20/50, 20/200 e percepção luminosa. Os pesquisadores atribuíram os maus resultados de acuidade visual a lesão glaucomatosa, opacidade capsular posterior e retinopatia diabética proliferativa avançada, revelou Dra. Ângulo Lara.
A técnica emprega anestesia tópica, agulha de vitrectomia para criação de capsulorrexe e garrafa de solução salina balanceada com 110 cm de elevação e flow rate de 55 cc/min a 60 cc/min. Por ser uma técnica com pouca irrigação e a ponta do ultra-som estar necessariamente sem a luva, dois casos apresentaram queimaduras na íris, revelou ela.
“Phaconit é muito eficaz tecnicamente, mas é importante que se entenda da fluídica da técnica para se evitar complicações”, completou Dra. Ângulo Lara.
Anestesia intracameral pode prevenir complicações pós faco
Injeção intracameral de lidocaína diminui o desconforto experimentado pelos pacientes que acompanha a injeção retro bulbar, revelou Dr. José Luis Salinas Gallegos.
|
Dr. Salinas Gallegos e colaboradores da Associação para Evitar a Cegueira no México realizaram cirurgias de catarata com facoemulsificação e implante de LIO em 100 pacientes divididos em dois grupos. O grupo 1 incluía 50 pacientes tratados com injeção intracameral de 0,2 mL de lidocaína a 1%. O Grupo 2 incluiu 50 pacientes tratados com injeção retro bulbar de 2,5 mL de lidocaína a 2%.
“Vários relatos de casos existem acerca do uso intracameral e tópico de anestesia na cirurgia de catarata, mas apenas poucos versam sobre os efeitos tóxicos endoteliais da injeção intracameral de anestésico assim como dos resultados da dor associada”, continua ele.
No pré-operatório, nenhum dos pacientes tratados com anestesia intracameral experimentaram dor, mas, 15 pacientes tratados com anestesia retro-bulbar tiveram dor leve e 33 dor moderada. Não foram observadas diferenças importantes no ato operatório, revelou.
De forma similar, nenhum paciente do grupo 1 experimentou dor ou necessitou de analgésicos enquanto 70% dos pacientes do grupo 2 referiu dor leve e 30% precisou de analgésicos, afirmou Dr. Salinas Gallegos. Ele concluiu afirmando não ter encontrado diferenças significativas na perda de células endoteliais nos dois grupos.
Até 28% de margem de erro no cálculo de poder dióptrico de LIOs
A escolha da fórmula correta e o cálculo correto do poder dióptrico de uma LIO são responsáveis por uma margem de erro de até 28% na determinação do poder dióptrico correto de uma LIO, revela Dr. Carlos Johnson Villalobos, que analisou as diferenças no poder dióptrico das LIOs calculadas e a acuidade visual em 152 olhos incluindo-se aí 15 hipermétropes, 92 emétropes e 42 míopes.
“Erros de 0,1 mm no diâmetro axial da câmara anterior afeta a refração pós-operatória em aproximadamente 1 D nos míopes, 1,5 D nos emétropes e 2,5 D nos hipermétropes,” afirmou Dr. Johnson Villalobos.
De acordo com seu estudo, 76% de todos os pacientes apresentaram uma acuidade visual “adequada” de 20/20 ou 20/15. No grupo de pacientes míopes, havia uma diferença de 1,4 D em 58% dos pacientes; nos emétropes, 71% apresentaram uma diferença de ± 1,8 D; e 53% dos hipermétropes apresentaram uma diferença de 0,4 D, afirmou.
“Há uma margem de erro de 20,39% no cálculo de uma LIO quando é colocada uma de constante diferente da que foi calculada previamente e um erro de 7,89% na Seleção de uma fórmula inadequada”, completou Dr. Johnson Villalobos.
Retina/Vítreo
Troca fluido-fluido é eficaz no sangramento pós-vitrectomia
O tratamento da hemorragia pós-vitrectomia com troca fluido-fluido resulta numa eliminação imediata do sangue da cavidade vítrea, revela estudo conduzido pelo Dr. Miguel Angel Carvajal Quiñónez e colaboradores que avaliaram a técnica como alternativa a troca fluido-gasosa.
O estudo seccional observacional envolveu 21 pacientes com retinopatia diabética sendo a maioria portadores de diabetes tipo 2. Os médicos trataram todos os pacientes com panfotocoagulação retiniana, mas apresentaram hemorragia vítrea 6 semanas após a vitrectomia, mantidas por uma média de 3 semanas.
Os pesquisadores obtiveram uma taxa de 76% de sucesso, sendo o sangue imediatamente eliminado da cavidade vítrea em 94% dos pacientes e limpando em 1 semana nos restantes 6%, revelou Dr. Carvajal Quiñónez.
“A troca fluido-fluido oferece bons resultados, economiza retornos às consultas e permite uma monitorização imediata do fundo de olhos”, completou.
Bevacizumab eficaz em oclusões venosas
O bevacizumab melhora a acuidade visual e diminui a espessura macular em casos de edema macular secundário à oclusões venosas, revela estudo conduzido pela Dra. Lidia Griselda Álvarez Rivera e colaboradores.
Os pesquisadores analisaram os efeitos de uma dose de 1,25 mg de Avastin (bevacizumab, Genentech) em 1 e 3 meses de seguimento numa série de casos prospectiva experimental. O estudo envolveu 11 olhos com oclusão de ramo e quatro olhos com oclusão de veia central.
Eles observaram que a acuidade visual média melhorou de 20/400 na inclusão para 20/100 após 1 mês de seguimento e para 20/60 após 3 meses de seguimento. A espessura retiniana também apresentou melhora com uma diminuição de 334,6 µm na inclusão para 223,4 µm após 3 meses de seguimento.
Nenhum efeito adverso foi observado, notaram os autores.
Avastin associado a triamcinolona melhora os resultados de cirurgias combinadas
A combinação de cirurgias faco-vitrectomia junto com a associação de triamcinolona e bevacizumab reduziu significativamente a espessura macular e melhorou a acuidade visual, revela estudo piloto prospectivo não-randomizado conduzido pelo Dr. Sergio Eustolio Hernández da Mota e colaboradores.
Os pesquisadores avaliaram a eficácia do uso combinado de triamcinolona e Avastin (bevacizumab, Genentech) durante a cirurgia combinada de catarata com vitrectomia. O estudo incluiu 13 pacientes com idades variando entre 40 e 78 anos que apresentaram catarata subcapsular posterior e edema macular clinicamente significativo difuso.
Eles observaram que a técnica combinada produziu uma diminuição significativa da espessura macular medida com tomografia de coerência ótica. As acuidades visuais médias também melhoraram de 20/400 no pré-operatório para 20/40 em 6 meses de seguimento, completou o Dr. Hernández Da Mota.
Screening de retinopatia diabética necessário para populações de trabalhadores
A retinopatia diabética é um problema crescente entre os trabalhadores industriais no México, mas faltam programas educacionais e de suporte para este problema específico.
Dra. Elvia López Rodriguez e colaboradores analisaram trabalhadores da Pemex, estatal mexicana de óleo e gás, para determinar a prevalência de retinopatia diabética e suas consequências. O estudo incluiu todos os trabalhadores, sem limite de idade, revelou ela.
Os pesquisadores observaram que 95 dos 1.130 trabalhadores incluídos no estudo apresentavam diabetes. Destes 95 pacientes, 23 apresentavam retinopatia diabética, 11 deles recentemente diagnosticados. Além disso, 80% dos 95 pacientes diabéticos faziam uso de medicação para controle glicêmico e 40% faziam dietas especiais. Entretanto, a maioria deles não faziam parte de qualquer programa educacional para diabéticos de suporte ilustrando um grande abismo entre as medidas de prevenção, afirmou Dra. López Rodriguez.
A maioria dos pacientes conheciam as complicações oculares do diabetes, mas 22% nunca havia ido a uma consulta com um oftalmologista, 55% haviam ido uma única vez e apenas 23% haviam sido examinados por um no ano passado, observou ela.
“Clínicos gerais têm que controlar a grande maioria destes pacientes”, disse ela. “Isso enfatiza a necessidade urgente de se implementar programas educacionais com objetivo de se evitar ou diminuir a incapacidade visual associada com esta complicação ocular”.
Triamcinolona melhora os resultados da vitrectomia
A realização de vitrectomia anterior com uso adjunto de triamcinolona ajuda a prevenir a inflamação pós-operatória e o edema corneano nos casos de cirurgia de catarata complicados com perda vítrea.
Dr. José Alberto Nava García estudou uma série de 21 pacientes de catarata tratados para perda vítrea por ruptura da cápsula posterior ou extração intra-capsular. Sete pacientes receberam 0,05 mL de triamcinolona durante a vitrectomia anterior e 14 foram submetidos somente a vitrectomia, observou ele.
Além disso, três pacientes de cada grupo apresentaram uma PIO pós-operatória maior que 25 mm Hg nas primeiras 3 semanas de cirurgia, continuou. Mas a tensão ocular foi tratada eficazmente em cada paciente.
Seis casos do grupo dos somente vitrectomizados apresentaram edema corneano pós-cirúrgico em comparação com nenhum dos vitrectomizados com triamcinolona e nenhum paciente de qualquer grupo apresentou endoftalmite ou foi submetido a outro procedimento cirúrgico.
“[Triamcinolona] pode ser uma boa alternativa no manuseio dos casos de cirurgia de catarata complicados com perda vítrea, pois melhora o prognóstico e evita a necessidade de uma nova intervenção cirúrgica”, afirmou o Dr. Nava García.
Estudos adicionais são necessários, completou.
Cirurgia Refrativa
O femtosecond laser ajuda na manutenção da estabilidade corneana
O laser femtosecond ajuda na manutenção da estabilidade corneana e leva a bons e estáveis resultados visuais pós-cirúrgicos em pacientes míopes que apresentam córneas finas, revela estudo clínico conduzido pelo Dr. Fernando Rodríguez-Sixtos Higuera e colaboradores.
Os pesquisadores avaliaram prospectivamente a eficácia do LASIK em flaps corneanos com aproximadamente 90 µm de espessura. O estudo incluiu 54 olhos de 28 pacientes míopes. Em todos os casos o cirurgião utilizou IntraLase femtosecond laser (IntraLase Corp.) e definiu como córneas finas aquelas que apresentavam no cálculo menos de 300 µm de estroma residual após a subtração da ablação. Estas córneas deveriam ter uma espessura de flap de menos de 160 µm, afirmou o Dr. Rodríguez-Sixtos Higuera.
A média de espessura intra-operatória do flap era de 96,8 µm e a média de espessura do estroma residual era de 338,6 µm. Após o procedimento cirúrgico, a média de equivalente esférico melhorou dos -8,14 D no pré-operatória para -0,22 D.
Após 6 meses de seguimento, todos os pacientes apresentavam uma melhor acuidade visual corrigida de 20/40 ou melhor e 90% deles apresentavam 20/25 ou melhor, revelou o Dr. Rodríguez-Sixtos Higuera observando ainda de a previsibilidade cirúrgica era de 98%.
“O IntraLase com flaps finos é opção segura e eficaz para correção da miopia moderada ou alta em pacientes com córneas finas nas quais o uso de microcerátomo convencional afetaria a segurança do procedimento ou ainda quando o LASIK não seria possível”, completou o Dr. Rodríguez-Sixtos Higuera.
Benefícios imediatos para o implante intracorneano para presbiopia
Os resultados de um estudo clínico preliminar revelam que os pacientes présbitas apresentam ganhos de acuidade visual imediatos após a cirurgia de implante intracorneano para tratamento da presbiopia, afirma o Dr. Francisco Sánchez León. Ele conduziu um estudo clínico informal envolvendo 14 pacientes présbitas submetidos a implante intraestromal Invue (Biovision).
O implante Invue é colocado por um túnel intraestromal 220 µm a 250 µm de profundidade. É inserido então com o uso de injetor especial e centralizado com uma cânula, continua ele.
O estudo revelou que a maioria dos pacientes apresentaram ganhos visuais para perto logo após a cirurgia.
No pré-operatório, a acuidade visual para perto variava de 20/40 a 20/200, incluindo-se aí quatro pacientes com AV de 20/100. Após a primeira semana de pós-operatório, seis pacientes chegaram a 20/20 sem correção. No sexto mes pós-operatório, oito pacientes alcançaram 20/20 sem correção,para perto e outros três foram a 20/25, afirmou Dr. Sánchez León.
LIO fácica diminui a contagem celular endotelial
Apesar dos bons resultados apresentados, a perda de células endoteliais permanece um problema para o implante de LIOs fácicas, observa a Dra. Beatriz Martínez Blas.
Dra. Martínez Blas e colaboradores compararam as taxas de perda de células endoteliais de 48 olhos de 27 pacientes míopes submetidos à implante de LIO fácica Artisan (Ophtec) e um grupo controle de 44 olhos míopes.
A miopia pré-operatória variou entre 9 D a 26 D nos olhos submetidos ao implante de LIO fácica e variou entre 7 D a 26 D nos olhos controle. Os pesquisadores observaram que as contagens celulares endoteliais médias nos olhos implantados diminuiu 13%, de 2551,04 cel/mm2 no pré-operatório à 2222,2 cel/mm2 após 12 meses de seguimento. Em contraste, as contagens celulares endoteliais no grupo controle diminuiu apenas 2%, de 2561,61 cel/mm2 no pré-operatório a 2504,36 cel/mm2 no seguimento de 12 meses, revelou ela.
“O implante das LIOs Artisan para correção da miopia é mais uma alternativa. Entretanto a perda de células endoteliais é evidente. Por esta razão, o contínuo monitoramento é necessário de forma a se confirmar um impacto expressivo a longo prazo”, completou.
As LIOs fácicas Artisan são comercializadas na América do Norte pela Advanced Medical Optics sob o nome de marca Verisyse.
Córnea/Doenças Externas
Idade do doador ligada a opacificação de enxerto corneano
A maioria dos casos de opacificação de enxerto corneano desenvolvida após ceratoplastia penetrante está relacionada a idade do doador e a diagnóstico pré-operatório de leucoma, revela estudo.
A Dra. Narlly del Carmen Ruiz Quintero e colaboradores analisaram as informações de 431 enxertos de 406 pacientes submetidos a ceratoplastia penetrante no período entre 1998 e 2000 no Hospital Mexicano da Associação para Prevenção da Cegueira. Os pesquisadores procuravam entender como o tecido de doadores de idades maiores de 50 anos funcionavam após o transplante.
“Com o advento da cirurgia refrativa, há menos casos de doadores jovens de córnea que podem ser aproveitados para transplante. Por esta razão, é importante estabelecer se botões de doadores idosos são úteis e o quanto estes determinam a acuidade visual final num enxerto”, observaram os pesquisadores, em exposição de pôster.
Os pacientes incluídos no estudo apresentavam uma média etária de 41 anos e foram seguidos por um período mínimo de 5 anos. Todos os enxertos usados em cirurgia continham ao menos 2000 cel/mm2 células endoteliais.
Os pesquisadores notaram que a maioria dos casos de rejeição estavam relacionados a botões com idade de 71 anos ou mais. Especificamente, 79 dos 210 enxertos de doadores com idades entre 71 e 80 anos resultaram em opacidades corneanas. Além disso, 23 dos 79 enxertos de doadores com idades entre 81 e 89 anos resultaram em opacidades enquanto apenas 11 dos 142 enxertos de doadores com idades entre 59 e 70 anos resultaram em opacidades.
Um diagnóstico pré-operatório de leucoma também estava relacionado a rejeição do enxerto, observaram os autores.
“Não encontramos uma correlação entre opacidades corneanas no enxerto e a experiência do cirurgião”, completaram.
Glaucoma
Fatores indicam lesão no glaucoma de pressão normal
A quantificação das PIOs de pacientes com glaucoma de ângulo aberto mostra que muitos apresentam pressões “normais”, revela estudo do Dr. Rohit Varma e colaboradores.
Os pesquisadores analisaram 291 pacientes com glaucoma de ângulo aberto com uma média etária de 67 anos e observaram que eles apresentavam uma média de PIO de 16 mmHg, estando apenas 18% deles com média de PIO acima de 21 mmHg. “Isso significa que 82% das pessoas estudadas apresentavam glaucoma de pressão normal”, revelou Dr. Varma.
Por os pacientes apresentarem medidas da PIO relativamente normais, o Dr. e colaboradores usaram outros indicadores para avaliar o grau de dano glaucomatoso ao disco ótico como a espessura corneana central. Eles observaram que os pacientes com glaucoma de ângulo aberto que apresentavam uma córnea central mais espessa tinham um risco menor de dano glaucomatoso em todos os níveis de PIO. Entretanto, uma córnea fina quase dobra o risco de dano glaucomatoso, mesmo em baixas pressões, afirmou Dr. Varma.
“Quando você mede a espessura corneana central em pacientes que têm PIO normal, uma córnea espessa não diminui o risco de dano mas uma córnea fina o aumenta significativamente, mesmo nos níveis pressóricos mais baixos”, observou ele.
Uma baixa pressão de perfusão ou uma diferença entre a pressão arterial sistêmica e a PIO também está associada a um risco mais elevado de lesão do nervo ótico. “Lesão ao nervo ótico é maior quando a pressão de perfusão é baixa o que essencialmente significa uma pressão sanguínea sistêmica mais baixa”, completou Dr. Varma.